O
ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, declarou neste sábado que o plano do
governo de Michel Temer (PMDB) para privatizar mais 57 ativos de controle
estatal é factível de ser executado até o final do ano de 2018. Meirelles falou
sobre o assunto ao ser questionado pela imprensa durante coletiva de imprensa
após a participação dele no 8° Congresso Internacional de Mercados Financeiros
e de Capitais, em Campos do Jordão-SP.
O
ministro disse que o plano só foi anunciado na última semana, porque a parte mais
difícil do projeto havia sido superada. Por isso deverá ser possível conclui-lo
até o fim do próximo ano.
“É
factível por uma razão muito simples. O processo mais complexo é exatamente a
definição das normas, das diversas áreas. Essa é uma parte bastante complexa do
processo. No momento que está tudo claro, as regras são factíveis e os períodos
são definidos, todos projetos definidos, é muito mais rápido o processo todo.
Se demorou muito tempo para lançar porque estava se avançando nessas definições
todas. No momento que está definido, tende a ser muito mais rápido”, disse
Meirelles.
Os
novos ativos que serão concedidos ao setor privado são, 16 portos, 16
concessões de energia, quatro empresas, duas rodovias, uma PPP de
telecomunicações, além de 18 aeroportos, entre eles as participações da
Infraero nas concessionárias que administram os terminais e Brasília, Confins,
Galeão e Guarulhos. E até a Casa da Moeda, que confecciona notas de real,
passaportes brasileiros, selos postais e diplomas.
FOCO É META FISCAL
As
privatizações fazem parte do esforço do Governo Federal para que o país cumpra
a meta fiscal. Outra frente de batalha está no Congresso, onde Temer busca
aprovar a mudança da meta, aumentando a previsão de déficit deste ano de R$ 139
bilhões para R$ 159 bilhões.
O
ministro da Fazenda afirmou que a intenção do governo de privatizar a
Eletrobras, por exemplo, já despertou interesse de investidores. “O que nós
temos tido de interesse de investidores na Eletrobras é muito grande. Pelas
avaliações que temos feito, existe o interesse e será viável sim a privatização
da Eletrobrás, datadas para o próximo ano. Se for decidida a Casa da Moeda ou a
Lotex, também há muito interesse. No caso a Lotex tem grandes interessados”,
disse o ministro.
Em setembro do ano
passado, já havia sido anunciada a desestatização de 34 outros projetos.
Henrique
Meirelles ainda destacou números de evolução de emprego e economia e voltou a
defender a necessidade da aprovação da Reforma da Previdência. “Se nada for
feito, a previdência vai ocupar 71% do orçamento em 2026. Se não houver uma
reforma, a previdência ocupará cada vez mais o teto. A mensagem que nos damos a
todos os parlamentares é de que é absolutamente do interesse de todos que se
aprove a reforma da previdência, caso contrário teremos a violação do teto”,
ressaltou.
Domingo
27 de agosto, 2017 ás 09hs57
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