O
ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República,
Sérgio Etchegoyen, defendeu nesta terça (1º) que o crime organizado é a
principal ameaça enfrentada pela sociedade brasileira. Para o ministro, a
situação da segurança pública no país vive "tempos extraordinários",
e, por isso, precisa de "soluções extraordinárias", que devem ser
buscadas dentro do marco legal e do respeito ao Estado democrático de direito.
"O
crime organizado é a maior ameaça que a sociedade brasileira enfrenta neste
momento. É esta questão que precisamos entender com muita clareza", disse
o ministro. "O fato se refere não apenas ao tráfico de drogas, mas também
ao comércio ilegal de armas, à lavagem de dinheiro e ao tráfico de pessoas e
bens naturais."
O
ministro apresentou a integração de órgãos no Plano Nacional de Segurança e
destacou que as fronteiras estão entre as principais preocupações para se
garantir a segurança em centros urbanos como o Rio de Janeiro.
"Os
centros econômicos e de poder do nosso país são muito afastados das fronteiras,
mas a crise de segurança no Rio de Janeiro é causada pelo que acontece lá [nas
fronteiras]", disse.
Etchegoyen
comparou que mesmo países ricos como os Estados Unidos têm dificuldade em
impedir a entrada de contrabando em suas fronteiras e defendeu um trabalho de
cooperação com vizinhos como o Paraguai, a Colômbia e o Peru.
Ocupação de favelas
Ao
comentar as operações das forças armadas que ocuparam complexos de favelas no
Rio de Janeiro, como a Maré e o Alemão, o ministro afirmou que as ações
"não produziram os resultados desejados", porque faltou suporte
social.
"Não
chegou em nenhum momento a cidadania. Se não mudarmos as causas, não vamos
mudar os efeitos", disse o ministro, ao afirmar que o plano atual prevê a
coordenação de ações sociais por parte do Ministério do Desenvolvimento Social.
(ABr)
Terça-feira,
1 de agosto, 2017 ás 11hs30
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