A
Polícia Federal deflagrada na terça-feira (15/08) uma operação que investiga o
governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria (PSD), pela suspeita dos
crimes de organização criminosa e obstrução de Justiça. Ele e servidores do
governo potiguar estão implicados. A ordem foi expedida pelo ministro Raul
Araújo Filho, da Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
RobinsoFarias é acusado inclusive de tentar subornar um servidor para impedir sua
delação do esquema crminosos.
A
PF investiga "manobras ilegais" para impedir investigações sobre
desvio de recursos públicos por meio da inclusão de funcionários fantasmas na
folha de pagamento da Assembleia Legislativa do estado desde 2006. A operação,
batizada de Anteros, visa a cumprir 11 mandados judiciais, dos quais 2 de
prisão e 9 de busca e apreensão.
Agentes
foram ao edifício onde mora o governador logo no início da manhã. O caso está
sob sigilo, segundo a PF.
Segunda-feira,
14 de agosto, 2017 ás 07hs00
PODEMOS ACABAR SEM PUNIÇÃO
PARA CASOS DE CORRUPÇÃO, DIZ PROCURADOR
O
procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, da força-tarefa da Operação Lava
Jato, em Curitiba, disse na segunda-feira (14/08), que a corrupção no setor
público brasileiro tem ligação com o sistema eleitoral extremamente caro.
Contudo, a reforma política que tramita no Congresso Nacional, que entre outros
pontos propõe a criação de um fundo para financiar as campanhas de R$ 3,6
bilhões, não vai, na opinião do procurador, resolver o problema, “pelo
contrário”.
“Precisamos combater as causas da corrupção
no Brasil. No setor público, elas estão ligadas a um sistema eleitoral
extremamente caro e que exige, para se financiar, recursos obtidos
ilicitamente”, disse Lima. “A resposta dos deputados agora é dinheiro público
através de um fundo. Numa democracia consolidada, acho que até caberia discutir
isso. Mas atualmente é incompatível com a situação que o Brasil está.”
O
procurador criticou ainda o distritão, que está sendo debatido no Congresso no
âmbito da reforma política, argumentando que tem objetivo de manter as elites
partidárias no comando. Essas propostas seriam a prova da resistência da classe
política à tentativa de mudança do sistema.
De
acordo com Lima, um dos principais desafios que a Lava Jato enfrenta nesse
momento é uma sensação de indignação que pode crescer na população caso as
descobertas das investigações não gerem punições. “Imagine como ficaria a
população se fosse aprovada uma lei de anistia?”, questiona, ponderando que
seria uma “solução ineficaz” contra a corrupção e se assemelharia ao que
aconteceu na Itália após a operação Mãos Limpas, que inspirou a Lava Jato.
Lima
participou do 4º Fórum de Compliance, promovido pela Câmara Americana de
Comércio Brasil Estados Unidos (Amcham), em São Paulo.(AE)
Terça-feira,
15 de agosto, 2017 ás 00hs05
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