Relatório
da Polícia Federal atribui propina de R$ 2 milhões da OAS ao senador José
Agripino (DEM-RN). A PF vê envolvimento do parlamentar e do empreiteiro José
Adelmário Pinheiro Filho, o Léo Pinheiro, em irregularidades no financiamento
do BNDES destinado a obras na Arena das Dunas, estádio em Natal, para a Copa de
2014.
"Diante
dos suficientes indícios de materialidade e autoria, foram então imputadas as
condutas de corrupção passiva qualificada e lavagem de dinheiro ao senador José
Agripino Maia; lavagem de dinheiro a Raimundo Alves Maia Júnior; corrupção
ativa a José Adelmário Pinheiro Filho; além de crime de prevaricação a Carlos
Thompson Costa Fernandes - conselheiro do TCE/RN à época dos fatos",
informou a PF, que concluiu na segunda-feira, 21, inquérito do Supremo Tribunal
Federal (STF) instaurado para apurar eventual participação de recebimento de
vantagens indevidas por parte do senador, que é presidente nacional do DEM.
Segundo
a PF, a investigação apurou a participação de Agripino "na solicitação e
no recebimento de vantagens indevidas da empresa OAS em troca de seu auxílio
político na liberação de recursos de financiamento do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) direcionados à construção da Arena
das Dunas, em Natal, no ano de 2013".
De
acordo com a investigação, o recebimento das vantagens ilícitas ocorreu tanto
por meio de doações eleitorais oficiais como por meio de repasses em espécie,
que transitaram por contas do senador e de parentes, entre 2012 e 2014,
totalizando a quantia de pelo menos R$ 2 milhões.
A
PF afirmou que a investigação se baseou na análise de mensagens de texto do
celular de Léo Pinheiro, bem como nas informações colhidas na delação premiada
do doleiro Alberto Youssef e de Rafael Angulo Lopez, funcionário de Youssef.
Defesa
Em
nota, Agripino negou irregularidades. "A acusação que me fazem é de ter
exercido influência para que o BNDES efetuasse o pagamento de faturas
decorrentes de um autofinanciamento contratado pela própria OAS junto ao banco.
Tenho certeza de que as investigações vão terminar pela conclusão óbvia: que
força teria eu, líder de oposição na época, para liberar dinheiro do BNDES,
cidadela impenetrável do PT?" As defesas de Léo Pinheiro e dos outros
citados não foram localizadas. (AE)
Quarta-feira
23 de agosto, 2017 ás 07hs00
CONTA DE LUZ DEVE FICAR MAIS
BARATA COM VENDA DA ELETROBRAS, DIZ MINISTRO
O
governo federal anunciou na manhã de terça-feira (22/08), a privatização da Eletrobrás.
De acordo com o ministro das Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, a venda da
estatal vai influenciar até mesmo na conta de luz, que pode ficar mais barata
no “médio prazo”.
A
proposta de venda será apresentada amanhã, 23, ao conselho da Eletrobrás. A
expectativa do governo, segundo o ministro, é de que o processo seja concluído
até o fim do primeiro semestre do ano que vem.
“Vai
ter um cálculo sobre o impacto ao consumidor. Nas nossas contas, com a
eficiência que vai ganhar a empresa, a nossa estimativa é que será uma conta de
energia mais barata no médio prazo”, disse Fernando Coelho.
Segundo
ele, a empresa ficará mais eficiente e desestatização da companhia é
"muito maior" que a necessidade de arrecadação do governo federal.
“Esse
é um movimento muito maior e mais importante do que uma necessidade de arrecadação.
Nós estamos levando ao setor de infraestrutura e ao setor elétrico uma nova
empresa, mais ágil, moderna, com capacidade de enfrentar os desafios que se
colocam diante de um cenário ainda mais competitivo. Nós temos um calendário
planejado. Temos um prazo de concluir esse processo até o final do primeiro
semestre do ano que vem. Essa é uma decisão de governo.
Pela
proposta, a União permanecerá como acionista da companhia, por meio de uma
classe especial, com direito a dividendos e poder de veto na administração.
Em
nota, o Ministério de Minas e Energia ressaltou que a medida trará mais
competitividade e agilidade à empresa para gerir suas operações, "sem as
amarras impostas às estatais". O MME cita os exemplos dos processos de
privatização da Embraer e da Vale. Nesta terça-feira, Coelho Filho lembrou que,
no momento em que o governo deixa de ser o controlador, haverá perda das
prerrogativas de indicações políticas nos conselhos da empresa. “Isso é muito
semelhante com o que aconteceu com outras empresas, como a Vale”, repetiu.
Quarta-feira
23 de agosto, 2017 ás 00hs05
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