A
Câmara dos Deputados aprovou, em outubro de 2017, a criação do Fundo Especial
de Campanha, popularmente conhecido como fundo eleitoral, que não deve ser
confundido com o fundo partidário, existente desde a década de 1990.
O
fundo eleitoral faz parte da minirreforma política aprovada pelo Congresso
Nacional. Os recursos, que totalizam R$ 1,7 bilhão, vêm de duas fontes:
transferência de 30% das emendas de bancadas de deputados e senadores no ano
eleitoral e a extinta compensação fiscal, que, anteriormente, era paga às
emissoras de rádio e TV pela propaganda partidária.
A
distribuição do R$ 1,7 bilhão entre os 35 partidos registrados no Tribunal
Superior Eleitoral (TSE) deve obedecer às seguintes regras, além de 30%
obrigatoriamente destinado às mulheres:
2%
divididos igualitariamente entre todos os partidos com estatutos registrados no
Tribunal Superior Eleitoral;
35%
divididos entre os partidos que tenham pelo menos um representante na Câmara
dos Deputados, na proporção do percentual de votos por eles obtidos na última
eleição geral para a Câmara dos Deputados;
48%
divididos entre os partidos, na proporção do número de representantes na Câmara
dos Deputados, consideradas as legendas dos titulares;
15%
divididos entre os partidos, na proporção do número de representantes no Senado
Federal, consideradas as legendas dos titulares.
Apesar
da campanha ter começado oficialmente no dia 16 de agosto, alguns partidos
ainda não receberam o dinheiro do fundo eleitoral. Ao todo, 12 legendas — PSTU,
PDT, PMB, PP, PTB, Rede, PCB, PCdoB, DC, PCO, PPL e PSB — devem ter as ordens
de pagamento emitidas pelo TSE em breve. Os valores que cada partido receberá
estão listados no final desta matéria.
Quanto cada partido
receberá
Os
valores do fundo eleitoral que cada partido tem direito estão dispostos a
seguir. Cabe às respectivas executivas nacionais distribuírem aos Estados da
maneira que acharem melhor. Vale ressaltar que os recursos não utilizados serão
devolvidos ao Tesouro Nacional — o Partido Novo não deve utilizar o dinheiro
dos fundos eleitoral e partidário devido à política da legenda de aceitar
apenas doações de filiados e apoiadores.
Confira:
MDB
R$ 234.232.915,58
PT:
R$ 212.244.045,51
PSDB
R$ 185.868.511,77
PP
R$ 131.026.927,86
PSB
R$ 118.783.048,51
PR
R$ 113.165.144,99
PSD
R$ 112.013.278,78
DEM
R$ 89.108.890,77
PRB
R$ 66.983.248,93
PTB
R$ 62.260.585,97
PDT
R$ 61.475.696,42
SD
R$ 40.127.359,42
Podemos
R$ 36.112.917,34
PSC
R$ 35.913.889,78
PCdoB
R$ 30.544.605,53
PPS
R$ 29.203.202,71
PV
R$ 24.640.976,04
PSOL
R$ 21.430.444,90
Pros
R$ 21.259.914,64
PHS
R$ 18.064.589,71
Avante
R$ 12.438.144,67
Rede
R$ 10.662.556,58
Patriota
R$ 9.936.929,10
PSL
R$ 9.203.060,51
PTC
R$ 6.334.282,12
PRP
R$ 5.471.690,91
Democracia
Cristã R$ 4.140.243,38
PMN
R$ 3.883.339,54
PRTB
R$ 3.794.842,38
PSTU
R$ 980.691,10
PCB
R$ 980.691,10
PCO
R$ 980.691,10
PPL
R$ 980.691,10
Novo
R$ 980.691,10
PMB
R$ 980.691,10
Fonte:
TSE
Domingo,
26 de agosto, 2018 ás 18:00
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