A
pesquisa Datafolha divulgada na noite desta segunda-feira pelo Jornal Nacional
repete a velha máxima do futebol. Jair Bolsonaro (PSL) ganha, mas não leva.
Explicando em miúdos.
Ele
ganha fácil no primeiro turno, mas no segundo turno perde para todo mundo.
Explicando os números.
Bolsonaro,
que estava com 22%, cresceu para 24%, já por conta da facada que levou em Juiz
de Fora. Em segundo, aparece Ciro Gomes (PDT), que subiu de 10% para 13%. Atrás
dele, vem Marina Silva (Rede), a que surpreendentemente foi a que mais caiu.
Levou um tombo de 16% para 11%. É a velha
rotina de Marina. Vai bem na largada, mas depois morre na praia no final. Foi
assim em 2010 e em 2014. Depois de Marina, vem Geraldo Alckmin (PSDB), que
subiu de 9% para 10%. Como a pesquisa tem margem de erro de 2 pontos para mais
ou para menos, isso significa que os três, Ciro, Marina e Alckmin estão
empatados tecnicamente.
Logo
em seguida, também praticamente em empate técnico, vem o petista Fernando
Haddad, que subiu de 4% para 9%. Mas ele nem é candidato ainda. Ele é tão
somente candidato a vice. Só nesta terça-feira 11 é que o poderoso chefão do
PT, preso em Curitiba, o Lula, vai decidir se Haddad será o candidato do PT ou
se o PT vai lançar outro candidato.
Fala-se que Lula pode escolher ainda o
ex-governador da Bahia, Jaques Wagner, para a vaga. Ou então o PT pode vir a
apoiar Ciro Gomes. Essa possibilidade é mais improvável, mas está tudo na
cabeça do presidiário Lula. Caberá a ele dar a palavra final. Por ele, o
candidato seria ele mesmo. Mas a Justiça Eleitoral já o declarou inelegível.
Ele
insiste nessa pantomima de ser o candidato, ao arrepio da lei. Não o será e se
o PT não indicar outro candidato nesta terça, certamente o PT não terá nenhum
candidato na urna eletrônica no próximo dia 7 de outubro. De resto, os outros
candidatos realmente não decolaram nas pesquisas, como é o caso de Alvaro Dias
(com 3%), João Amoêdo (com 3%) e Henrique Meirelles (também com 3%). Os demais,
nem pensar, como é o caso de Guilherme Boulos, Cabo Daciolo, Vera Lúcia, João
Goulart Filho e José Maria Eymael. Esses estão no jogo só para competir.
O
que caiu um pouco foi a tendência de votos em branco ou nulos, que caiu de 22%
para 15%. Significa que as pessoas já estão decidindo em quem votar. Agora, o
mais importante, é que no segundo turno, Bolsonaro não ganha de ninguém. Perde
de Marina (por 43% a 37%), perde para Alckmin (por 43% a 34%), perde para Ciro
(por 45% a 35%) e perde até para Haddad (por 39% a 38%, que dá empate técnico,
mas com o petista à frente).
Ou seja, Bolsonaro ganha no primeiro turno,
mas não leva a eleição. Quem se dá bem nos confrontos é Ciro Gomes, que ganha
de Alckmin, de Bolsonaro e de Marina. Se bobear, a eleição cai no colo do
ex-governador do Ceará. Marina também vai bem no segundo turno, mas perde para
Ciro. O problema dela é chegar ao segundo turno, o que hoje parece pouco
provável. Mas esse é o quadro de hoje. Ainda faltam 4 semanas para a eleição.
Até lá, muita água ainda vai rolar. (IstoÉ)
Segunda-feira,
10 de setembro, 2018 ás 21:30
Nenhum comentário:
Postar um comentário