A
Polícia Federal deflagrou na manhã de terça-feira (18/9), a 4ª fase da Operação
Registro Espúrio. Enquanto as três primeiras investidas da operação miraram em
irregularidades na emissão do registro sindical, essa nova etapa tem como
objetivo apurar desvios de valores da Conta Especial Emprego e Salário (CEES).
A conta é abastecida com dinheiro da contribuição sindical.
De
acordo com a PF, o grupo criminoso alvo da ação atuava “junto a entidades
interessadas em obter fraudulentamente restituições de contribuições sindicais
recolhidas a mais ou indevidamente da CEES”.
Os
policiais federais cumprem 16 mandados de busca e apreensão e nove mandados de
prisão temporária expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF). As medidas
cautelares são cumpridas em Brasília, Goiânia (GO), Anápolis (GO), São Paulo e
Londrina (PR).
A
PF descobriu que os pedidos de restituição das contribuições sindicais eram
manipulados pelo grupo “com o intuito de adquirir direitos a créditos”. Os
desvios também foram confirmados em apurações da Controladoria-Geral da União
(CGU).
Após
serem retirados da CEES, esses valores eram enviados para as contas bancárias
das entidades e um porcentual era destinado para os servidores públicos e
advogados integrantes do esquema.
Segundo
a PF, os investigados responderão pelos crimes de peculato, corrupção passiva,
corrupção ativa, falsificação de documento público e lavagem de dinheiro.
Histórico
A
Registro Espúrio teve sua primeira fase deflagrada no dia 30 de maio para
investigar suposta organização criminosa formada por políticos, lobistas,
dirigentes de sindicatos e funcionários públicos que atuavam na negociação para
liberar registro sindical pelo ministério.
A
operação teve outras duas fases. Na segunda, a PF realizou busca e apreensão no
gabinete da deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ), filha de Roberto Jefferson. A
terceira fase resultou no afastamento do então ministro do Trabalho, Helton
Yomura.
(Estadão
Conteúdo)
Terça-feira,
18 de setembro, 2018 ás 08:00
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