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2 de setembro de 2018

Apanha por que pediu


Quem mandou a Justiça Eleitoral acocorar-se no último minuto da prorrogação permitindo que partido sem candidato a presidente da República possa dispor de propaganda eleitoral no rádio e na televisão para exaltar um candidato cujo pedido de registro ela mesma negou?

Bem feito! O PT, cujo advogado havia garantindo que jamais procederia assim, usou seu tempo, ontem, no rádio, na televisão e nas ruas para bater fortemente na Justiça e denunciar mais um suposto golpe sofrido pelo encarcerado de Curitiba.

Em sessão aberta, transmitida pela televisão, o Tribunal Superior Eleitoral negou o registro da candidatura de Lula com base na Lei da Ficha Limpa sancionada por ele quando era presidente da República. Depois, em sessão fechada, permitiu ao PT usar o tempo de propaganda do candidato que não tem.

Extraordinário é que a maioria dos sete ministros havia aprovado a suspensão do programa de televisão do PT enquanto ele não escolhesse um novo candidato. Pois não é que voltou atrás? E sem sequer oferecer uma explicação? Talvez por que explicação alguma fosse convincente.

Qual foi a aposta da toga? A plebe ignara com gosto de sangue na boca contra o PT ficaria para lá de satisfeita com a recusa ao pedido de registro da candidatura de Lula. Não ligaria para o resto, ora. O resto era bobagem. Nada que manchasse a imagem de uma Justiça boazinha, indolente e ibérica.

Não digo que a malandragem jurídica (ou política) bateu no teto uma vez que por aqui o teto da malandragem sempre pode ser mais alto. Mas que foi notável a lambança promovida pelas togas, três delas com assento no Supremo Tribunal Federal, lá isso foi, sim senhor.

Por Ricardo Noblat/VEJA


Domingo, 2 de setembro, 2018 ás 07:00

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