A
Justiça Federal do Distrito Federal aceitou, sexta-feira (23/11), a denúncia da
Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Lula, Dilma
Rousseff, os ex-ministros Guido Mantega, Antonio Palocci, Edinho Silva, Paulo
Bernardo, a mulher dele, presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e o ex-tesoureiro
do PT, João Vaccari Neto, pelo crime de organização criminosa. Essa é a
primeira vez que a ex-presidente Dilma vira ré na Lava Jato.
Sendo
assim, os petistas se tornaram réus no inquérito que ficou conhecido como
“Quadrilhão do PT”. A denúncia foi feita em 2017, pelo então PGR, Rodrigo
Janot, que afirma que entre os anos de 2003 e 2016, os ex-presidentes lideraram
uma organização criminosa que lesou a Petrobras, pela prática de “uma miríade
de delitos” na administração pública durante os governos de Lula e de Dilma
Rousseff, somando R$ 1,4 bilhão em desvio de recursos dos cofres públicos.
Para
Janot, foram desviados da estatal petrolífera 1,5 bilhão de reais ao longo dos
catorze anos em que a suposta organização criminosa vigorou. Conforme as
investigações da Operação Lava Jato, os valores possibilitaram o pagamento de
propinas pelas empreiteiras Odebrecht, OAS, Camargo Corrêa, Mendes Júnior,
Galvão Engenharia e Engevix, que tinham contratos com a Petrobras.
Na
decisão, o juiz Vallisney de Souza Oliveira da 10ª Vara Federal. “Verificou-se
o desenho de um grupo criminoso organizado, amplo e complexo, com uma miríade
de atores que se interligam em uma estrutura de vínculos horizontais, em modelo
cooperativista, nos quais os integrantes agem em comunhão de esforços e
objetivos, bem como em uma estrutura mais verticalizada e hierarquizada, com
centros estratégicos, de comando, controle e tomadas de decisões mais
relevantes”.
Até
o ano passado o inquérito tramitava no Supremo Tribunal Federal (STF), porém
depois que os envolvidos perderam o foro privilegiado, o caso passou para à
primeira instância.
(Com
informação Veja)
Sexta-feira,
23 de novembro, 2018 ás 18:00
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