Presidente
do PTB, ex-ministro do Trabalho Helton Yomura e 18 servidores e ex-servidores
da pasta são acusados de receberem vantagens indevidas em troca de facilitarem
novos registros sindicais livres da burocracia habitual
O
ex-deputado federal e presidente do PTB Roberto Jefferson se tornou réu em mais
um processo na segunda-feira (26/11). O político, o ex-ministro do Trabalho
Helton Yomura e mais 18 pessoas que trabalham ou trabalhavam no ministério são
acusados pelo Ministério Público Federal de organização criminosa na pasta.
O
ministério foi dominado PTB durante o governo de Michel Temer e, por isso,
Roberto Jefferson aparece como relação direta em negociações ilícitas de
registros sindicais. O esquema, descoberto na Operação Registro Espúrio, era
bem organizado e tinha setores administrativos, políticos, sindicais e
captador.
De
acordo com o Ministério Público Federal, os envolvidos cobravam vantagens
indevidas para conceder registros sindicais.
Desta forma, há indícios de pagamentos de servidores públicos, bem
financiamento político, vindos de sindicatos formados durante a gestão do PTB
no Ministério do Trabalho.
Com
a ajuda de servidores da pasta e consentimento do então ministro Helton Yomura,
sindicalistas conseguiam os registros que queriam de forma imediata, sem
precisarem passar pela burocracia exigida na pasta.
Se
tornaram réus na 12ª Vara Federal Criminal do Distrito Federal Roberto
Jefferson, Helton Yomura, Carlos Cavalcante de Lacerda, Renato Araújo Júnior,
Leonardo Cabral Dias, Jéssica Mattos Rosetti Capaletti, Renata Frias Pimentel,
Maurício Moreira da Costa Júnior, Luís Carlos Silva Barbosa, Júlio de Souza
Bernardes, Adriano José Lima Bernardo, Leonardo José Arantes, João Bertolino de
Oliveira Neto e Rogério Papalardo Arantes.
Helton
Yomura deixou o Ministério do Trabalho em julho após ser afastado pelo STF com
as acusações vindas da Operação Registro Espúrio.
Principal
delator do Mensalão em 2005, quando já era presidente do PTB e também deputado
federal pelo Rio de Janeiro, Roberto Jefferson foi condenado em 2012 a sete
anos e 14 dias de prisão em regime semiaberto por corrupção. Em 2015, pôde
cumprir o restante da pena em regime aberto.
O
político é pai de Cristiane Brasil, que foi indicada por ele para assumir o
Ministério do Trabalho antes de Helton Yomura. O nome da deputada, entretanto,
acabou vetado pela Justiça após acusações de crimes trabalhistas. O PTB então,
por decisão de Roberto Jefferson, abriu mão da pasta após a saída de Yomura. (Por:
iG São Paulo)
Terça-feira,
27 de novembro, 2018 ás 00:05
Nenhum comentário:
Postar um comentário