A
confirmação do juiz Sérgio Moro, ao convite do presidente eleito Jair Bolsonaro
(PSL), para integrar sua equipe, no comando do Ministério da Justiça e
Segurança Pública, dividiu a opinião de personagens da operação que deu
visibilidade ao magistrado, a Operação Lava Jato. As declarações ocorreram por
meio das redes sociais.
Como
não poderia deixar de ser, a presidente do PT Gleisi Hoffman afirmou, em três
idiomas, no seu perfil do Twitter que “Moro será ministro de Bolsonaro depois
de ser decisivo pra sua eleição, ao impedir Lula de concorrer. Denunciamos sua
politização quando grampeou a presidenta da República e vazou pra imprensa;
quando vazou a delação de Palocci antes das eleições. Ajudou a eleger, vai
ajudar a governar”.
O
senador petista Lindbergh Farias utilizou a mesma linha de ataque contra o
juiz. “Poucas coisas podem ser mais descaradas do que isto. Sempre alertamos
que Moro atuava como militante, e não como magistrado. Depois de interferir no
processo eleitoral, vira ministro do candidato beneficiado por ele. Em qualquer
lugar do planeta isso seria um escândalo”.
A
ex-presidente Dilma Rousseff também fez uso da oratória de que Moro perseguiu o
ex-presidente Lula, afirmou que o juiz condenou e determinou a prisão sem
provas de Lula que estava em primeiro lugar nas pesquisas. “Seis dias antes do
1º turno, o juiz Moro vazou a delação de Palocci, que por falta de provas havia
sido rejeitada pelo MPF, prejudicando a minha candidatura e a de Haddad”.
O
líder do PT na Câmara dos deputados, Paulo Pimenta (RS) chegou a citar a
Operação Mãos Limpas na Itália. “que levou Berlusconi a governar a Itáilia. A
Lava Jato levou Bolsonaro a ser eleito presidente. Mas os juízes e procuradores
italianos tiveram pudor e não foram para o ministério de Berlusconi”.
Entretanto,
o nome de Moro para o comando do Ministério da Justiça e Segurança Pública foi
muito comemorado por alguns de “seus colegas”. Como é o caso do juiz federal
Marcelo Bretas. “Ao colega e amigo Sérgio Moro, desejo sucesso. Competência
profissional e dignidade pessoal não lhe faltam para exercer as maiores funções
em nossa República. Minhas orações para que Deus lhe dê sabedoria para superar
os novos desafios, paz e felicidade a toda sua família”.
O
procurador da República Deltan Dallagnol, além de parabenizar Moro, saiu em sua
defesa. “Se o juiz Moro tivesse aspiração política, ele poderia ter se tornado
presidente ou senador nas últimas eleições com alta probabilidade de êxito.
Mentiras como essa serão repetidas, mas não vão abalar a LJ, em que atuam não
só um juiz, mas 14 da primeira à última instância”.
Outro
ex-colega na Operação Lava Jato de Moro, o procurador Carlos Fernando dos
Santos também utilizou seu Twitter para comemorar a indicação. “Sérgio Moro
fará falta. Entretanto, operações de combate à corrupção não podem depender de
um juiz, de um procurador ou de um delegado. Agora é desejar um bom trabalho no
Ministério da Justiça”.
A
mulher de Moro, advogada Rosângela Moro comemorou o novo futuro cargo do marido
por seu Instagram publicando uma foto do juiz federal.
Quinta-feira,
01 de novembro, 2018 ás 21:00
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