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28 de novembro de 2018

Advogado pró-armas e anti-MST é cotado para o Meio Ambiente

O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), fez terça-feira (27/11), uma série de consultas para definir o nome que vai chefiar o Ministério do Meio Ambiente. Em entrevista coletiva, ele disse que pretende anunciar a escolha ainda nesta quarta-feira, 28. Entre os cotados está o advogado Ricardo Salles, de 43 anos. Um dos criadores do Movimento Endireita Brasil (MEB), Salles foi secretário de Meio Ambiente de São Paulo no governo de Geraldo Alckmin (PSDB) e este ano concorreu a deputado federal pelo Novo, mas não se elegeu.

Antes de Salles, a preferência para ocupar a pasta era pelo doutor em ecologia Evaristo de Miranda, diretor da Embrapa, que alegou motivos pessoais para não aceitar o convite. No início da tarde desta terça, Bolsonaro recebeu Salles no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), onde trabalha a equipe de transição. “Por enquanto é só conversa. Não tem nada concreto”, disse o advogado à reportagem.


O general Augusto Heleno Ribeiro, futuro chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), telefonou para representantes do agronegócio em São Paulo para ouvir avaliações sobre a eventuais indicações de Salles. A equipe de Bolsonaro também cogitou o nome do engenheiro agrônomo Xico Graziano, oriundo do PSDB paulista, que enfrenta resistências do núcleo militar do novo governo.

Desde a fundação do movimento, Ricardo Salles provocou polêmicas com declarações sobre ditadura militar e aborto e na defesa da pena de morte e do porte de armas. Durante a campanha, foi repreendido pelo seu partido por apologia à violência em uma peça de campanha. No material, ele anunciava sua candidatura prometendo segurança no campo: “contra a praga do javali”; “contra a esquerda e o MST” e apontava como “solução” uma caixa de munição com calibre alusivo a seu número de campanha.

Como secretário de Alckmin, ele teve uma gestão marcada por divergências políticas com o PSDB. A favor do advogado, aliados de Bolsonaro disseram que ele reduziu o número de cargos políticos, enxugando a secretaria. Antes de se candidatar pelo Novo nas eleições deste ano, Salles tentou sem sucesso se eleger deputado estadual em 2010 pelo PP.
Grupo de trabalho

O diretor da Embrapa Evaristo de Miranda disse a Bolsonaro e aos futuros ministros da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e da Agricultura, Tereza Cristina, que poderá contribuir com o governo na inteligência e análise territorial. Ele é o responsável pela criação de um grupo técnico na transição que faz uma radiografia da estrutura dos órgãos ambientais do governo e do setor.

No próximo dia 5 de dezembro, Miranda entregará a Bolsonaro o resultado do trabalho feito pelo grupo “exclusivo e específico” para cuidar da área. “O grupo trabalhou muito e vai deixar tudo digitalizado”, disse. “O que assusta é como o dinheiro não chega aos parques e a outras áreas do meio ambiente”, completou Miranda.

(Por Estadão Conteúdo)

Quarta-feira, 28 de novembro, 2018 ás 09:00

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