Justiça
Eleitoral deve julgar, em 2015, casos emblemáticos como o do deputado estadual
eleito Adib Elias e dos ex-prefeitos Antônio Gomide e Vanderlan Cardoso
No
próximo mês, deputados eleitos por todo o Brasil tomarão posse nas Assembleias
e na Câmara Federal. Em Goiás, os 41 estaduais e os 17 federais assumem para o
mandato 2015-2018 no dia 1º de fevereiro. Contudo, alguns deles ainda têm
alguma pendência com a justiça Eleitoral e podem ter os diplomas cassados.
É
o caso do deputado estadual eleito Adib Elias (PMDB), que teve as contas
rejeitas pelo Tribunal de Contas do Município (TCM), quando foi prefeito de
Catalão. Apesar de ter uma liminar deferida pela justiça suspendendo o efeito
das decisões do TCM, o peemedebista aguarda julgamento do Tribunal Superior
Eleitoral, que volta às atividades a partir do dia 2 de fevereiro.
Além
de Adib, o ex-prefeito de Anápolis, Antônio Gomide (PT), teve as contas
rejeitadas pelo TCM e foi julgado pelo TRE, que cassou o registro da
candidatura do petista ao governo de Goiás, em 2014.
Embora
este tenha recorrido, o TSE só vai analisar o caso neste ano. Com a decisão, os
planos de Gomide de concorrer ao cargo de vereador de Anápolis nas eleições de
2016 podem estar comprometidos. Se mantida, a cassação impedirá que ele se
candidate no próximo pleito.
O
mesmo aconteceria com o ex-prefeito de Senador Canedo, Vanderlan Cardoso (PSB)
— possível candidato à Prefeitura de Goiânia, em 2016. O pessebista foi
condenado no ano passado, em primeira instância, ao pagamento de multa civil e
a suspensão de seus direitos políticos por três anos por um acordo firmado
entre a prefeitura e a Agremiação Esportiva Canedense, nos anos de 2006 e 2007,
para que a equipe do time do futebol da cidade participasse do Campeonato
Goiano. À época, o presidente do time era secretário de Agricultura do
município.
Mesmo
com a condenação, Vanderlan concorreu ao Governo de Goiás em 2014. “Para ficar
inelegível por improbidade administrativa ou processo criminal, o candidato
precisa ser condenado por um órgão colegiado, ou ter decisão transitada e
julgada”, explica o advogado eleitoral Dyogo Crossara.
É
o que deve ocorrer ainda em 2015, com o julgamento pelo TRE. Assim, caso seja
comprovado o dano ao patrimônio público ou enriquecimento ilícito, Vanderlan
poderá ficar inelegível nas eleições de 2016.
Surpresa
A
Procuradoria Regional Eleitoral (PRE), do Ministério Público Federal em Goiás
(MPF), ajuizou, nesta semana, 11 ações contra políticos eleitos em 2014 no
estado. O motivo está relacionado a gastos ou doações de campanha ilícitos — o
que resulta na cassação do diploma e na inelegibilidade por oito anos.
Por
Alexandre Parrode - Jornal Opção.
Segunda-feira,
26 de janeiro, 2015
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