Rodrigo
Rollemberg (PSB) tomou posse como governador do Distrito Federal na manhã desta
quinta-feira (1º), em cerimônia que começou com uma hora de atraso. No
auditório da Câmara Legislativa do DF, cheio de familiares, deputados
distritais, políticos e demais apoiadores, o governador destacou em seu
discurso inaugural a crise financeira "sem precedentes" em que se
encontra a capital, o que vai demandar uma postura "firme" do governo
e da sociedade. "A situação econômica é grave, gravíssima.
É
séria. Vivemos o maior desequilíbrio orçamentário e financeiro, e isso exigirá
de todos nós -governo, poderes constituídos e sociedade civil- postura firme,
solidária, propositiva e eficiente para equilibrar as contas públicas. Sem
equilíbrio das contas, não haverá desenvolvimento sustentável", disse.
Rollemberg voltou defender mais transparência com os números e finanças, menos
desperdício e corrupção, promessas de sua campanha. O governador venceu em
segundo turno, do adversário Jofran Frejat.
O
ex-governador Agnelo Queiroz (PT), que tentou a reeleição, ficou em terceiro
lugar no primeiro turno. Em 2002, Rollemberg concorreu pela primeira vez ao
cargo, derrotado por Joaquim Roriz. CRISE O Distrito Federal passa por grave
crise financeira. O pessebista e sua equipe estimam assumir o comando com um
rombo nas contas públicas de R$ 3,8 bilhões.
Entre
os setores mais prejudicados, estão educação e saúde, que, mesmo recebendo
repasses federais bilionários, terminaram o ano com salários de funcionários
atrasados. "É um quadro lamentável, é visível a olho nu. Brasília, a
cidade monumento, não pode continuar sento identificada pela corrupção,
desmandos, ineficiência da gestão pública", disse.
Um
dos primeiros baques de sua gestão foi justamente na área da saúde. O
secretário nomeado por Rollemberg, Ivan Castelli, desistiu de assumir o posto
antes mesmo do início do mandato. Em seu plano de transição, o governador
traçou alguns cortes de gastos, como a redução de secretarias em seu governo.
No seu discurso, falou ainda que seu objetivo
é reduzir as "imensas desigualdades entre a região central e as cidades
que circundam do DF". Rollemberg é graduado em História pela Universidade
de Brasília (UnB). Ele segue agora para o Palácio do Buriti, sede do governo do
DF, onde receberá a faixa de governador de Agnelo Queiroz.
Sofia
Fernandes
Quinta-feira,
01 de janeiro, 2015
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