O
maior salário entre os prefeitos: R$26.000,00
Relatório
feito pelo Tribunal de Contas dos Municípios revela a quantas anda o salário
que o contribuinte paga aos prefeitos e vereadores nos municípios. Ao contrário
do que se pensa, Goiânia não é a cidade que melhor remunera os membros do
Legislativo e do Executivo. O prefeito de Luziânia, Cristovão Turmin (PTB) é
quem tem o maior salário entre os demais 245 alcaides do Estado. Seu
contracheque registra o vencimento de R$ 26.000,00. O segundo maior salário
entre os prefeitos é de Jardel Sebba (PSDB), que governa Catalão: R$ 24.576,44,
em seguida está o prefeito de Nova Crixás, Orlando Naziozeno com R$ 24.000,00.
O
prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT), é apenas o oitavo maior salário, com R$
20.752,02. À sua frente estão os prefeitos de Uruaçu, Solange Bertulino-PMDB (R$
22.000,00); Caiapônia, Argemiro Rodrigues Santos Neto PMDB(R$ 21.156,33);
Iporá, Danilo Gleic (PSDB) com R$ 21.156,33 e de Mineiros, Agenor Rezende-PMDB
(R$ 21.112,00).
Aparecida
de Goiânia é quem melhor remunera os seus vereadores em Goiás, cada edil recebe
R$12.025,20. Os seus colegas de Goiânia têm vencimentos de R$ 11.098,34,
enquanto os de Luziânia e de Trindade, têm proventos de R$ 10.021,00,
respectivamente.
O
portal Diário de Goiás publicou a lista e conversou com alguns prefeitos, um
deles foi Cristovam Turmin (PTB). O prefeito de Luziânia disse que seu
salário e o dos vereadores foi fixado
por votação da Câmara Municipal em votação no ano de 2012, ou seja, o ano da
eleição, antes que tomasse posse. “Como exemplo podemos citar: o salário de
Presidente da República segue a mesma regra, sendo fixada pelos Deputados
Federaisna legislatura anterior. O Prefeito Cristóvão esclarece ainda que no
primeiro ano de seu mandato fez documento em que abre mão de 20% dos seus
vencimentos mensais”, disse Turmin.
Mais
quais as regras fixação dos salários de vereadores e prefeitos? Se o critério
for a arrecadação do município, é possível estabelecer uma relação entre as
cidades mais ricas e os maiores salários e assim, pela ordem, Goiânia, que
responde por cerca de 40% da arrecadação do Estado, embora no bolo de
distribuição de ICMS – Imposto por Circulação de Mercadorias e Serviços, seja
uma das cidades mais prejudicadas. Anápolis, Aparecida de Goiânia, Catalão e
Itumbiara, onde estão instalados polos industriais, também registram grande
arrecadação, o que, em tese, justificaria o rendimento dos representantes
políticos.
Mas
o que dizer dos municípios do Entorno de Brasília, onde, segundo dados da SEFAZ
(Secretaria da Fazenda), ainda têm arrecadação baixa? Segundos dados de 2012, Águas Lindas de
Goiás tem o pior resultado na divisão ICMS/habitante: R$ 21,95. O valor
corresponde ao total arrrecadado em
2012(: R$ 3.676.436,40) divididos pela população à época em 167.477. O mesmo
quadro se repete em Luziânia, cuja população de
179.582 registrou um ICMS per capita de R$ 221,68 diante de uma
arrecadação de ICMS em
2012 de R$ 39.810.398,84.
A
lei prevê que os vencimentos dos prefeitos e vereadores devem ser fixados pela
Câmara Municipal no ano anterior à próxima legislatura, assim em 2016, além do
debate sobre a sucessão municipal, os eleitores podem estar propensos a
discutir também os vencimentos de seus representantes. (Com informações do TCM,
SEFAZ e portal Diário de Goiás)
POR
Marcus Vinicius
VEREADORES E
SERVIDORES DE FIRMINÓPOLIS DENUNCIADOS POR ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA E PECULATO
Os
denunciados são acusados de apropriação de valores de que tinham a posse em
razão do cargo, bem como desviá-los em proveito próprio ou alheio, causando
prejuízos aos cofres públicos
O
promotor de Justiça Ricardo Lemos Guerra ofereceu denúncia contra 14 pessoas, a
maioria vereadores ou ex-vereadores de Firminópolis, por associação criminosa e
peculato, em razão de apropriação de valores de que tinham a posse em razão do
cargo, bem como desviá-los em proveito próprio ou alheiro, causando prejuízos
aos cofres públicos em proveito de alguns servidores do Legislativo também
denunciados.
Respondem
à denúncia o ex-presidente da Câmara Geraldo Aparecido da Silva e os
ex-vereadores José Airton de Oliveira, Edilon Cândido Ribeiro, Edson José da
Silva, Valdeson Felício Ferreira, Paulo Henrique Fernandes e Airton Donizetti
de Oliveira. Também foram denunciados os ex-presidentes da Câmara Sinval
Pereira Gomes, Enoc David Tavares e o atual presidente do Legislativo
municipal, Fábio Moreira da Silva.
Além
dos membros do Legislativo, a denúncia alcança ainda o responsável pela
Assessoria Contábil da Câmara, Vilmar Araújo dos Santos, e os servidores Edson
Lourenço Ferreira e Geraldo Eustáquio de Oliveira.
De
acordo com a denúncia, o primeiro grupo dos ex-parlamentares aprovou a
Resolução n° 1/2012, que reestruturou o plano de cargos e salários dos
servidores, extinguindo-se os cargos de secretário legislativo, então ocupados
por Edson Lourenço e Geraldo Eustáquio e transformando-os no cargo de analista
legislativo, com elevação, assim, de sua referência de R-38 para R-39. O plano,
conforme apurado, foi arquitetado pelos ex-parlamentares Geraldo Aparecido,
José Airton e Edilon Cândido, autores da norma, que foi aprovada e apoiada
pelos demais denunciados, vereadores à época.
O
promotor sustenta que ficou demonstrado que esses ex-parlamentares tinham a
intenção de aprovar a resolução para beneficiar Edson e Geraldo. “Tanto que não
o fizeram por meio de lei, subtraindo a apreciação do chefe do Executivo, o
qual poderia vetar o projeto de lei, impedindo o prejuízo aos cofres públicos”.
Os
feitos da norma foram perpetuados até abril de 2016, com a ciência e permissão,
legitimando o pagamento de verbas salariais indevidas aos servidores, pelos
ex-presidentes da Câmara Sinval, Enoc e o atual presidente, Fábio Moreira. Toda
a atividade contou com a participação do assessor contábil Vilmar Araújo na
atividade criminosa, para beneficiar ilegalmente os dois servidores com o
aumento de nível na referência salarial e concessão de benefícios e
gratificação em até 25%.
Em
decorrência das gratificações ilegais concedidas por meio da Resolução n°
1/2012, de acordo com apuração da autoridade policial, o esquema criminoso
causou aos cofres públicos prejuízo de R$ 76.269,72.
Os
beneficiários
Edson
Lourenço é servidor da Câmara desde 1982 e, em 2008, começou a receber
ilegalmente 20% de gratificação por ser portador de diploma de curso superior,
mais gratificação e adicional de tempo de servidor, permitida pela Resolução n°
18/2008, que foi elaborada pelos denunciados Divino Pereira, ex-presidente da
Casa; Edilon, vice-presidente à época e um secretário do Legislativo.
Posteriormente, a Resolução n° 1/2012 concedeu ao servidor a elevação na sua
referência salarial e manteve os benefícios irregulares.
Geraldo
Eustáquio é servidor da Câmara desde 1985 e, também por meio da Resolução n°
18/2008, teve reconhecido o direito de receber 20% de gratificação, bem como
valores cujo porcentual não se tem conhecimento, por estarem fora do
estabelecido na norma. De acordo com a denúncia, ele foi favorecido pelo irmão,
o vereador José Airton, que votou pela aprovação dessa norma.(DM)
Derrubar
governos que tenham dificuldade para formar maiorias no Legislativo pode se
tornar uma moda no País, depois do mau exemplo que vem do plano federal, onde a
presidente Dilma Rousseff está sendo vítima de um golpe parlamentar.
Quem
também está na mira de forças golpistas locais é o governador do Distrito
Federal, Rodrigo Rollemberg, segundo relata o jornalista Hélio Doyle, em sua
coluna no Jornal de Brasília.
"Não
passa despercebido a muitos auxiliares do governador que no início do ano foi
detectada uma mobilização, de alguns deputados distritais e federais e
dirigentes sindicais, para viabilizar o impeachment de Rodrigo Rollemberg.
Animados pelo processo contra a presidente Dilma Rousseff, esse grupo
conversava sobre como aproveitar a onda e fazer o mesmo aqui", diz ele.
"O principal pretexto para o impeachment seriam possíveis irregularidades
no Iprev, o instituto de previdência dos servidores. Outros motivos poderiam
ser buscados, mas o importante era criar na cidade um ambiente profundamente
negativo para Rollemberg, que o deixasse isolado e vulnerável."
Neste
fim de semana, Rollemberg foi alvo das primeiras denúncias de seu governo, num
grampo que envolveu o vice-governador Renato Santana, do PSD, que foi gravado
por Marli Rodrigues, uma sindicalista da área da saúde. Na conversa, Santana
fala de propinas na Secretaria de Fazenda do GDF e diz ter levado a denúncia a
Rollemberg.
"Não
foi sem motivo que, na conversa gravada por Marli Rodrigues, um dos
participantes pergunta a Renato Santana se ele está preparado para assumir o
governo", lembra Doyle, em sua coluna.
Rogério Rosso na cena
Coincidência
ou não, Santana é ligadíssimo ao deputado Rogério Rosso (PSD-DF), que presidiu
a comissão de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados
e poderia estar interessado em repetir a trama no Distrito Federal.
Ironicamente,
o PSB adotou uma posição ambígua em relação ao impeachment da presidente Dilma
Rousseff. Embora Rollemberg jamais tenha adotado uma posição favorável ao
afastamento de Dilma, assim como o governador da Paraíba Ricardo Coutinho, o
presidente nacional da legenda, Carlos Siqueira, foi amplamente favorável ao
golpe. Mas se a moda chegar ao Distrito Federal, Siqueira terá que adotar um
novo discurso. (Site 247)
SANTANA DIZ A
MORO QUE MENTIU À PF PARA NÃO PREJUDICAR DILMA
Em
seu primeiro depoimento diante do juiz da Lava Jato, o marqueteiro que atuou
nas campanhas eleitorais de Lula (2006) e Dilma Rousseff (2010 e 2014)
confessou que mentiu à Polícia Federal quando depôs aos investigadores em
fevereiro deste ano, logo após ser preso pela Lava Jato, para ‘preservar’ a
presidente afastada Dilma Rousseff (PT).
Na
ocasião, o marqueteiro disse que recebeu valores em contas no exterior
referentes a campanhas para as quais ele trabalhou em outros países e negou que
o dinheiro tinha relação com campanhas no Brasil. João Santana e sua mulher e
sócia Mônica Moura vinham atuando nos últimos anos em campanhas petistas, mas
também em campanhas presidenciais em outros países, sobretudo na América
Latina.
Nesta
quinta-feira, 21, o casal negou sua própria versão inicial e admitiu ter
recebido o caixa 2 de US$ 4,5 milhões para quitar uma dívida da campanha de
Dilma de 2010. João Santana citou três fatores que, segundo ele, pesaram para
que mentisse em seu primeiro depoimento à Polícia Federal: o psicológico (o
‘susto’ da prisão, e ele diz que não imaginava que seria preso), o
“profissional” (queria manter o sigilo do contrato com o PT) e o “político”.
Em
relação ao terceiro fator, Santana, que atuava como conselheiro de campanhas e
estratégias eleitorais da petista, disse que não queria “destruir a
presidência”, em um momento em que o impeachment de Dilma Rousseff o
impeachment da petista era discutido na Câmara.
“Eu
raciocinava comigo, eu que ajudei de certa maneira a eleição dela não seria a
pessoa que iria destruir a presidência, trazer um problema. Nessa época já
iniciava o processo de impeachment, mas ainda não havia nada aberto, e sabia
que isso poderia gerar um grave problema até para o próprio Brasil”, afirmou.
Assessoria
de Dilma
A
assessoria da presidente afastada Dilma Rousseff informou que não iria se
posicionar sobre o caso neste momento. (AE)
PROCURADOR QUE NÃO VIU
PEDALADAS DE DILMA DENUNCIOU LULA E MAIS CINCO
O
procurador que apresentou quinta-feira (21) a denúncia contra o ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-senador Delcídio Amaral e mais cinco acusados
por obstrução à Justiça é o mesmo que, há uma semana, entendeu não haver crime
comum nas pedaladas da equipe do governo Dilma Rousseff. Na ocasião, ele deu um
parecer e mandou arquivar procedimento para apurar as manobras contábeis que
foram um dos argumentos para embasar o processo de impeachment da petista que
está em curso no Senado.
Ivan
Cláudio Marx, da Procuradoria da República no Distrito Federal, reiterou a
acusação do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra o
ex-presidente e outros investigados por tentar prejudicar a delação do
ex-diretor Internacional da Petrobras Nestor Cerveró. A denúncia foi
apresentada ao Supremo Tribunal Federal em dezembro do ano passado, mas como
Delcídio teve o mandato cassado ela foi remetida para a primeira instância
judicial, no caso a Justiça Federal do Distrito Federal, e ficou a cargo de Marx
como representante do Ministério Público Federal.
O
procurador acrescentou novos elementos à acusação, que está em sigilo, e
aguarda decisão do Judiciário, que poderá ou não receber a denúncia e abrir
ação penal contra o mais importante quadro do PT.
Defesa
Para
o criminalista Conrado de Almeida Prado, que defende Bumlai, a ratificação da
denúncia já era esperada. Ele, afirma, contudo, que a defesa de Bumlai ainda
não teve acesso nem a acusação nem ao aditamento apresentado pelo procurador
Ivan Marx, que está em sigilo. "Nosso cliente nega veementemente que tenha
dado qualquer quantia em dinheiro para a família de Nestor Cerveró para
eventual compra de silêncio dele, até porque não havia nenhuma preocupação do
Bumlai com algo que ele pudesse dizer", afirma Conrado.
Ele
lembra que na outra ação em que Bumlai é réu, envolvendo um empréstimo do Banco
Schahin ao PT por intermédio do pecuarista, o próprio Cerveró admitiu que nunca
tratou do assunto com ele. "Cerveró não teria nada a dizer que
prejudicasse o Bumlai", diz.
O
advogado Damian Vilutis, que defende Maurício Bumlai, também disse que ainda
não teve acesso ao teor da denúncia e que por isso não pose de manifestar sobre
a acusação. Ele, porém, negou que tenha havido a compra de silêncio de Nestor
Cerveró.
Pedaladas
Há
uma semana, porém, no dia 14 de julho, o procurador Ivan Marx que agora
processa Lula foi celebrado por militantes petistas ao entender que as
pedaladas que justificam o processo de impeachment de Dilma não configuram
crime comum.
As
pedaladas fiscais consistiram no atraso de repasses do Tesouro Nacional para
que bancos públicos pagassem obrigações do governo com programas sociais e
empréstimos subsidiados. Por conta desses atrasos, as instituições tiveram de
honrar as despesas com recursos dos correntistas. Para o Tribunal de Contas da
União (TCU), as manobras foram operações de crédito ilegais entre os bancos e
seu controlador, a União, pois não tiveram autorização Legislativa, como
determina o Código Penal.
O
procurador analisou seis tipos de manobras do governo Dilma após ouvir
integrantes da equipe econômica, analisar auditorias do TCU e os documentos das
operações. Segundo ele, as manobras não se enquadram no conceito legal de
operação de crédito ou empréstimo. Por isso, em seu entendimento, não seria
necessário pedir autorização ao Congresso. (AE)
JUSTIÇA HOMOLOGA DELAÇÃO DO
EX-SENADOR GIM ARGELLO
A
Justiça Federal do Paraná homologou na quinta-feira (21) o acordo de delação
premiada do ex-senador Gim Argello, um dos presos na Operação Lava Jato. Ele
está detido em Curitiba desde abril.
Ex-líder
do PTB no Senado, o ex-parlamentar atuava com desenvoltura no Congresso entre
2011 e 2014 e tinha acesso fácil à cúpula de partidos como PMDB. De acordo com
as investigações, Gim agiu para evitar a convocação de empreiteiros na CPI
mediante cobrança de pagamentos indevidos travestidos de doações eleitorais
oficiais em favor dos partidos de sua base de sustentação.
O
ex-senador prestou depoimento aos investigadores da Lava Jato em dezembro do
ano passado sobre as denúncias feitas contra ele pelo empreiteiro Ricardo
Pessoa, dono da UTC e um dos delatores da Lava Jato. Segundo o empresário, Gim
recebeu R$ 5 milhões da UTC para evitar convocação na CPI da Petrobras. Ainda
de acordo com o depoimento do empreiteiro, o DEM ficou com a maior parte, R$
1,7 milhão, o PRTB e o PMN receberam R$ 1,15 milhão cada e o PR, mais R$ 1
milhão. Esses partidos faziam parte da coligação pela qual Gim tentou, sem
sucesso, se reeleger senador. (Site 247)
RECEITA FEDERAL VAI LEILOAR
AVIÃO DA UNIVERSAL EM SP
A
Receita Federal vai leiloar um avião Cessna apreendido no Aeroporto
Internacional de Viracopos. A aeronave, com oferta mínima de R$ 9 milhões, é um
de centenas de itens, divididos em 65 lotes, que serão repassados a quem der o
maior lance. Entre os objetos colocados à venda estão também instrumentos
musicais, toalhas, pen drives e até discos de vinil.
O
leilão acontece na próxima quarta-feira, dia 27, mas hoje é o último dia para
quem quiser visitar os lotes colocados à venda. No caso do avião Cessna
Citation X, ele pertencia à Igreja Universal do Reino de Deus e foi apreendido
há quatro anos, por falta de documentação.
Na
época, foi dado um prazo para que os documentos fossem entregues, mas eles não
foram apresentados, apesar do alto valor e da importância da aeronave. De
acordo com a Cessna, o Citation X é o avião civil mais rápido do mundo,
atingindo velocidade máxima de 1.127 quilômetros por hora (Mach 0,92, com um
consumo de combustível baixo.
O
avião conta com acessórios de luxo, como cozinha completa com refrigerador e
forno de micro-ondas, além de espaço para louças e talheres personalizados. O
toalete é amplo, funciona também como um vestiário e tem armário para armazenar
malas de viagem.
Comodidades
Os
passageiros do avião têm à disposição telefones, aparelhos de Blu-ray e uma
tela digital que apresenta informações sobre velocidade, altitude e localização
da aeronave no globo terrestre. O avião voa com dois motores Rolls-Royce com um
sistema que controla o desempenho para os pilotos, sendo exigido bem menos
deles durante os voos.
A
Igreja Universal não se manifestou sobre o leilão, mas quem o comprar terá a
documentação da aeronave legalizada pela Justiça. A visitação dos produtos pode
ser feita no Terminal de Perdimento de Viracopos, das 9 horas às 12 horas e das
13 horas às 16 horas, mas é necessário um agendamento prévio. (AE)
TEMER DÁ À
OPOSIÇÃO COMANDO DE PROJETOS VINCULADOS À GESTÃO DE DILMA
O
presidente em exercício Michel Temer tem feito acenos à oposição no Congresso
Nacional para conseguir levar adiante projetos polêmicos ou vinculados à gestão
da presidente afastada Dilma Rousseff. A estratégia do governo é destinar
postos-chave em comissões especiais a integrantes da oposição, ex-ministros ou
parlamentares com bom trânsito no PT.
Sob
a orientação do Palácio do Planalto, a líder do governo no Congresso, Rose de
Freitas (PMDB-ES), coordenou a distribuição dos postos. “A oposição tem muito a
contribuir, foi governo por 12 anos. Ontem, era majoritária no Congresso, hoje
não é, mas amanhã pode ser novamente”, disse Rose, ao defender a participação
do PT em matérias do governo Temer. O objetivo também é diminuir a rivalidade
criada durante o processo de impeachment.
De
acordo com a líder do governo, a distribuição normalmente segue um sistema de
rodízio, mas tem havido “negociações e realocações”. É o caso da medida
provisória que prorroga por três anos a permanência de profissionais
estrangeiros no programa Mais Médicos, que foi enviada por Dilma e tem o apoio
de Temer.
A
relatoria da MP caberia, pelo rodízio, a um parlamentar do DEM, contrário ao
projeto. O governo preferiu, então, cedê-la ao PT. Com isso, o projeto foi
tocado pelo ex-líder do governo Dilma no Senado Humberto Costa (PT-PE), que
conseguiu aprovar a proposta em apenas duas semanas na comissão especial
formada por senadores e deputados.
A
matéria segue agora para o plenário da Câmara dos Deputados e, depois, vai para
o Senado. Rose de Freitas elogiou a atuação do petista, que tem ajudado a
instalar as comissões.
Costa
também vai presidir a comissão especial da MP que extingue 4,3 mil cargos
comissionados, além de transformar outros 10 mil de Direção e Assessoramento
Superiores (DAS) em funções exclusivas para servidores concursados.
O
projeto é do governo Temer, que espera economizar R$ 230 milhões ao ano com a
medida. Como se trata de uma questão trabalhista, o Planalto concordou que
seria estratégico deixar a matéria com o PT. Telmário Mota (PDT-RR), que foi
vice-líder do governo Dilma, será o relator-revisor.
Ministros
O
Palácio do Planalto busca ainda o apoio da oposição para o projeto que cria o
Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) e deve expandir as concessões
públicas.
Como
a matéria é considerada polêmica, o governo escalou para a vice-presidência da
comissão o ex-ministro do Desenvolvimento de Dilma Armando Monteiro (PTB-PE). A
ideia inicial era que ele fosse o relator do projeto, mas, como essa é
considerada a MP mais importante para o governo, o Planalto preferiu deixar a
relatoria dentro da base aliada.
Outro
ex-ministro de Dilma que trabalha na articulação da base é o senador Fernando
Bezerra Coelho (PSB-PE), que está tocando a tramitação de três projetos de
interesse do Planalto: a legalização dos jogos de azar no País, que pode render
R$ 15 bilhões aos cofres públicos por ano; a atualização da Lei de Licitações,
que pode facilitar a execução de obras públicas; e o reajuste do imposto sobre
doações e herança, no qual Bezerra tem trabalhado lado a lado com o líder da
minoria, Lindbergh Farias (PT-RJ).
Divergências
Apesar
das concessões à oposição, Costa alega que esse não foi o primeiro
posicionamento do Palácio do Planalto. Segundo ele, inicialmente, o presidente
em exercício quis segurar todas as medidas provisórias dentro da base aliada, atitude
reforçada pelo líder do governo no Senado, Aloysio Nunes (PSDB-SP).
O
senador José Pimentel (PT-CE) atuou para garantir o sistema de rodízio na
distribuição das matérias. “Só depois disso, eles viram que, sem acordo, não é
possível aprovar medida provisória. Senão não há quórum nem para instalar as
comissões”, afirmou Costa. (AE)
Sexta-feira,
22 de julho, 2016
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