As
bandeiras do Brasil e do Rio de Janeiro estão hasteadas na Rocinha, coroando
uma operação em que estratégias minuciosas de polícia e de propaganda repetem a
repercussão positiva do Alemão - agora sem improvisos.
Ocupar uma das maiores favelas do mundo sem
atirar – e sem receber tiros – é um feito memorável. Executar o plano à risca,
em uma área cercada de condomínios de classe média alta, ao alcance da janela
de dois hotéis e um shopping de luxo, só aumenta a visibilidade do feito. O
resultado surpreendente da ocupação das favelas da Rocinha e do Vidigal, que
incluiu a ainda minúscula Chácara do Céu, foi uma espécie de renovação de uma
rara onda positiva para a polícia do Rio, só comparável à tomada do Complexo do
Alemão, em novembro o ano passado.
A
repercussão positiva vem potencializada pela localização privilegiada e por um
planejamento que incluiu das questões táticas ao cronograma de divulgação das
ações. O governador Sérgio Cabral e seu homem de frente na segurança pública,
José Mariano Beltrame, transformaram assim, mais uma vez, uma favela em vitrine
internacional para o Rio de Janeiro – e eles próprios, não sem méritos.
Às 12h30m as
bandeiras do Brasil e do Rio de Janeiro foram hasteadas em frente à Unidade de
Pronto Atendimento (UPA) na Rocinha, por policiais femininas e sem a presença
de autoridades do governo estadual. O secretário Beltrame justificou: "Este
é o momento desses homens que estão há noites sem dormir para libertar a
população da Rocinha."
Sérgio
Cabral chegou sorridente ao 23º BPM (Leblon), unidade da PM a algumas centenas
de metros de seu apartamento no mesmo bairro. Cabral destacou a importância da
união de forças entre as esferas de governo e se disse feliz por ter cumprido
um compromisso de campanha.
“Em 2006, prometi ali que libertaria a
comunidade do tráfico. Hoje é um dia histórico, é mais um capítulo da paz no
Rio. Os marginais estão presos, ou serão presos os que estão foragidos”,
disse, sobre a quantidade ainda pequena de capturados.
Postado pelo Editor
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