Cidadãos comuns e advogados reclamam de processos parados.
Funcionários dizem que salários estão baixos e pedem reposição de 82,30%.
Os
servidores do Judiciário estão em greve há quase dois meses. Desde
então, o Tribunal de Justiça de Goiás (TJ) tem prestado apenas serviços
essenciais, como liminares, habeas corpus e mandatos de segurança. Na sala da
Divisão de Autuação, muitos processos estão parados. Autuações que deveriam
ter sido feitas no mês de junho ainda esperam por um despacho.
A greve
dos funcionários do Tribunal de Justiça de Goiás está travando também o
trabalho nos escritórios de advocacia. O advogado Edimundo Martins Mendes
comenta que os casos dos clientes estão parados. “Se nós formos aguardar por
essa situação, crianças vão ficar sem alimento. Tudo, porque os processos não
estão sendo despachados”, alerta.
De
acordo com o Sindicato dos Servidores e Serventuários da Justiça do Estado de
Goiás (Sindjustiça), 90% dos servidores de carreira do TJ, como oficiais de
justiça e escrivães, estão parados em 49 comarcas do Estado. Eles afirmam que
o salário médio da categoria de R$ 1.600 por mês está defasado e cobram uma
reposição de 82,30 %. Mas desde o início do movimento, as negociações com o
Tribunal de Justiça não avançam. A expectativa é de que na próxima semana o
TJ apresente uma contraproposta que vai ser analisada em assembleia.
Segundo
o diretor de comunicação do Sindijustiça, Norval Barbosa, “a nossa esperança
é para que o tribunal se sensibilize, mas até o momento, não houve nenhuma
sensibilização positiva da parte da administração para a causa dos
trabalhadores”.
Para o
contador Ricardo Francisco de Barros, a greve significa prejuízo. Ele está
com dinheiro preso no banco, aguardando decisões da justiça. “Telefone,
escola da criança, prestação do meu apartamento. Já estou com três prestações
atrasadas em virtude desse dinheiro lá. Não tem como eu pagar e nem
desbloquear o dinheiro”, relata.
Fonte:
G1 - Globo
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Segunda 21/11/ 2011 ás 7:05h
Postado pelo Editor
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