Pedido
feito por 82 integrantes do Ministério Público de Goiás para que o ex-senador
Demóstenes Torres (sem partido-GO) seja afastado do cargo de procurador de
Justiça do Estado será julgado hoje (24) pelo Conselho Nacional do Ministério
Público (CNMP). Investigado por suposta ligação com o esquema de exploração de
jogos ilegais comandado pelo bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos
Cachoeira, o ex-parlamentar já está suspenso de suas atividades no MP de Goiás
por decisão da Corregedoria Geral do órgão no Estado.
Os
82 promotores e procuradores da República e do Trabalho com atuação em Goiás,
alegando constrangimento com o retorno de Demóstenes aos quadros da instituição
goiana, protocolaram, no final de agosto, pedido de abertura de processo
disciplinar e de suspensão ou afastamento do ex-senador, enquanto durarem as
investigações contra ele. Além da representação no CNMP, Demóstenes responde a
um segundo processo na Corregedoria Nacional, aberto pelo chefe do órgão,
Jeferson Coelho. O corregedor-geral do MP pretende investigar as supostas
ilegalidades cometidas pelo ex-senador à época em que atuava no Congresso.
Em
setembro, a relatora do processo contra Demóstenes no CNMP, conselheira Maria
Ester Tavares, remeteu a reclamação contra o parlamentar cassado ao órgão
disciplinar para concentrar todas as ações contra ele em uma mesma instância.
Nesse encontro de quarta-feira, o conselho do MP julgará apenas processos da
corregedoria. Entre os itens da pauta, o colegiado analisará se o parlamentar
cassado cometeu “faltas funcionais” no exercício do cargo de procurador.
A
reclamação disciplinar é uma primeira etapa de um processo previsto no
regimento interno do CNPM. Caso julgue necessária uma apuração mais
aprofundada, o CNPM pode determinar a abertura de uma sindicância. Só quem pode
determinar o afastamento temporário ou definitivo de um promotor é o próprio
CNMP, esclarece a assessoria do órgão.
Quarta-feira
24 de outubro
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