Este foi o sexto protesto em
Goiânia e o mais pacífico; polícia distribuiu 10 mil flores
O
palácio Pedro Ludovico, sede administrativa do governo de Goiás, foi cercado
nesta quinta-feira (20) por um mar de manifestantes que tomou as principais
avenidas do centro de Goiânia. Os diferentes grupos organizadores avaliaram em
mais de 60 mil o número de manifestantes, enquanto a Polícia Militar, que
sobrevoou o protesto todo o tempo, estimou em 20 mil pessoas às 20h. Este foi o
sexto protesto em Goiânia e o mais pacífico, diferente dos anteriores, onde
houve muita violência e danos em 35 ônibus e vários terminais.
No
protesto desta quinta, o trânsito de carros de som e passeatas foi liberado
pela polícia que distribuiu 10 mil flores brancas ao público. A manifestação se
ramificou em várias frentes, direcionadas todas para a sede do governo, já que
o Paço Municipal, sede da prefeitura, fica muito afastado do centro.
O
governador Marconi Perillo (PSDB) foi o principal alvo das críticas e palavras
de ordem, mas cartazes mostravam insatisfação com medidas da administração do
prefeito de Goiânia, Paulo Garcia — a respeito da tarifa do transporte urbano e
alterações no Plano Diretor da Capital, por exemplo —, assim como contra a
presidente Dilma Roussef, ambos do PT; e contra o presidente da Comissão de
Direitos Humanos da Câmara, Marco Feliciano (PSC-SP).
Pedras
Na
porta do Palácio Pedro Ludovico, alguns manifestantes jogaram pedras em vidros
e nos PMs que faziam um cordão cercando praticamente toda a Praça Cívica, onde
fica o prédio, com reforço na entrada do Palácio. As pedras não acertaram, mas
o grupo foi vaiado pelos demais, que chegaram a se sentar no chão, demonstrando
que a iniciativa era de poucos.
Mesmo assim, houve correria com a chegada de outro grupo que formava um pequeno pelotão de jovens, todos com panos escondendo o rosto e que marchava no meio da multidão, mas era hostilizado pelos demais com gritos de "sem violência".
Sem
prisões
Duas
horas depois de iniciada a manifestação, muita gente ainda chegava para o
protesto. Os atos de vandalismo ocorreram contra os pontos de ônibus das
avenidas Goiás e Anhanguera, onde o teto de uma das plataformas foi
parcialmente danificado. O comandante-geral da corporação, Sílvio Benedito
Alves, informou que não houve incidentes graves nem prisões até as 20h. A PM
escalou 4.000 homens.
Fonte: R7
Sexta-feira 21 de junho
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