A Fifa torce por bons resultados
da seleção brasileira na Copa das Confederações, inclusive para abafar críticas
à organização de grupos que estejam protestando contra a realização do evento
no Brasil.
Oficialmente, a entidade insiste
que defende o direito dos manifestantes de sair às ruas e declarar sua
insatisfação. Mas, nos bastidores, pessoas próximas ao presidente Joseph
Blatter admitem que estejam um pouco "cansadas" dos debates e que
querem que a bola "role" para que o futebol passe a ser o foco principal.
A entidade classificou como
"normal" que haja uma parte da população que esteja criticando a
realização da Copa do Mundo de 2014 no Brasil. Mas indicou que grande parte dos
protestos que estão sendo realizados no País não tem uma relação direta com a
competição. Além disso, a entidade estima que "a grande maioria" da
população "reconhece os benefícios da Copa".
Na Fifa, a sensação é de que, no
atual estágio do evento, não há nada mais que se possa fazer além de tentar
"contaminar" o País com o futebol e, paralelamente, garantir uma
ampla proteção nos locais próximos aos estádios para evitar que partidas se
transformem em palcos de manifestação. No sábado, por exemplo, centenas de
manifestantes estiveram no estádio Mané Garrincha, antes da abertura da Copa
das Confederações.
De relatores da ONU à entidades
de direitos humanos, a organização da Copa do Mundo tem sido atacada por
desconsiderar o interesse das populações próximas aos estádios. O governo, o
Comitê Organizador Local e a Fifa negam.
Fonte: Jamil Chade - O Estado de S. Paulo
Domingo 16 de junho
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