A
defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recorreu quinta-feira (28/6)
ao ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federa (STF), para evitar que o
plenário julgue a questão da inelegibilidade para as eleições de outubro deste
ano.
Nos
embargos de declaração protocolados no início da noite, os advogados informam
que pediram à Segunda Turma a liberdade de Lula, e não uma decisão sobre a
candidatura deste à Presidência da República.
Na
sexta-feira (22), Fachin enviou pedido de liberdade ou prisão domiciliar do
ex-presidente para julgamento pelo plenário, e não na turma, como queria a
defesa. Ao justificar o envio, Fachin disse que a questão deve ser tratada pela
Corte por passar pela análise do trecho da Lei da Ficha Limpa que prevê a
suspensão da inelegibilidade “sempre que existir plausibilidade da pretensão
recursal”.
Segundo
a defesa de Lula, a análise da questão não foi solicitada, e Fachin deve rever
sua justificativa.
“O
embargante requereu exclusivamente a suspensão dos efeitos dos acórdãos proferidos
pelo Tribunal de Apelação para restabelecer sua liberdade plena. A petição
inicial, nesse sentido, é de hialina [límpida] clareza ao requerer o efeito
suspensivo para impedir a “execução provisória da pena até o julgamento final
do caso pelo Supremo Tribunal Federal”, sustentou a defesa.
Lula
foi condenado a 12 anos de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de
dinheiro no caso do tríplex em Guarujá (SP) e teve a pena executada pelo juiz
federal Sergio Moro após o fim dos recursos na segunda instância da Justiça,
conforme definiu o STF.
Com
a confirmação da condenação na Operação Lava Jato, o ex-presidente foi
enquadrado na Lei da Ficha Limpa, que impede a candidatura de condenados pelos
órgãos colegiados da Justiça. No entanto, Lula ainda pode ser beneficiado por
uma liminar e disputar as eleições. (ABr)
Terça-feira,
26 de junho, 2018 ás 19:00
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