Na
terça-feira (5/6) durante a sessão da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE)
senadores cobraram do governo federal uma solução para a alta do preço dos
combustíveis e aprovaram a criação de uma audiência pública para tratar do
tema.
Insustentável
é como o senador Valdir Raupp (MDB-RO) classificou a situação, e afirmou que o
governo federal, por meio dos órgãos competentes, precisa tomar as medidas
necessárias para reduzir o preço dos combustíveis em geral. “A situação é insustentável. Se nós vivemos
uma inflação baixa, juros baixos, por que os combustíveis têm que ter essa
escalada de alta quase todos os dias? Outro item muito caro e essencial aos
brasileiros é o gás de cozinha, que tem recebido aumentos bem expressivos e
também está pesando muito no bolso dos consumidores. Não adianta só baixar o
preço do óleo diesel, temos que pensar também numa política de preços”.
Para
o senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) é importante acompanhar como está sendo
feita a redução do valor do diesel das refinarias para os postos. “É necessário
que tal redução chegue ao consumidor final. É preciso garantir que este elevado
esforço fiscal do governo se traduza em redução de custos efetivos ao
consumidor final. Há relatos de que boa parte desta redução se perde ao longo
da cadeia de distribuição, transporte e venda de combustíveis”.
Apesar
de criticar a política de preços da Petrobras, o senador Fernando Bezerra
Coelho (MDB-PE) ressaltou que o país não pode voltar a ter a política de preço
que era praticada nos governos de Lula e Dilma Rousseff. “A política nova de
preços da Petrobras tem equívocos claros. Traz para a fórmula de preços as
volatilidades do preço do petróleo no mercado internacional e do câmbio, então
é evidente que era preciso e é necessário fazer ajustes”.
Desde
a semana passada, a oposição articula a criação de mais uma Comissão
Parlamentar de Inquérito, a CPI da Petrobras, com intuito de estudar a política
de preços da petrolífera. O presidente do Senado, Eunício Oliveira já se
manifestou contrário à criação da comissão.
Serão
convidados para discutir o tema os representantes da Agência Nacional do
Petróleo (ANP), da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de
Lubrificantes (Fecombustíveis), da Associação Nacional das Distribuidoras de
Combustíveis, Lubrificantes, Logística e Conveniência.
Governo e o subsídio da
gasolina
Nesta
manhã, o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia declarou que não o subsídio para
a gasolina não está em pauta. “Quando anunciamos a solução para o problema do
diesel, fomos absolutamente claros que não há espaço fiscal para esse tipo de
coisa (subsídios para reduzir o preço da gasolina) neste momento”. (ABr)
Terça-feira,
05 de junho, 2018 ás 18:00
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