Cerca
de 2 mil policiais do Distrito Federal garantem a segurança da população que
participa da manifestação em apoio ao combate à corrupção e a favor o
impeachment da presidenta Dilma Rousseff, em Brasília. De acordo com Breno
Saradelo, coordenador regional do Movimento Brasil Livre, a manifestação é um
apelo “contra a corrupção institucionalizada, independentemente do governo e do
partido”.
As
pessoas começaram a se concentrar perto do Museu da República ainda às 9h.
Agora, centenas de pessoas estão espalhadas por tda a Esplanada dos Ministério,
passando pela Catedral de Brasília.
Segundo
o capitão da PM, Michelo Bueno, a expectativa é que 110 mil pessoas participem
do evento. O evento na capital federal deve se estender até as 13h. O começo
estava marcado para as 10h.
Em
nota, o presidente do PT no Distrito Federal, Roberto Policarpo, informou que
decidiu cancelar o ato que realizaria hoje (13) na Torre de TV, local próximo
ao movimento contrário. “O ato estava mantido até o início da noite de ontem
[sexta, dia 11], quando eu e o deputado Chico Vigilante estivemos reunidos com
o comandante da Polícia Militar, que nos informou da decisão do governo do
Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, de determinar à polícia que impedisse o
acesso dos manifestantes mobilizados pelo PT até a Torre de TV”, disse.
Segundo
o governo do Distrito Federal (GDF), o PT entrou em contato com a Secretaria de
Segurança Pública para no último dia 8, para comunicar que faria uma
manifestação em frente à Torre de TV, neste domingo, a partir das 8h.
Pelo
fato de parte do horário dos dois movimentos ser coincidente e também porque
havia a Rodoviária do Plano Piloto, na área central da cidade, como ponto de
acesso comum, a secretaria avisou o partido que a manifestação seria ilegal e sugeriu
que fosse marcado outro local para a manifestação pró-Dilma.
A
justificativa apresentada pelo GDF foi o Artigo 5º, inciso XVI, que determina
que "todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao
público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião
anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à
autoridade competente". A manifestação contra a corrupção e a favor do
impeachment estava marcada desde o ano passado.
Operação
Policial
Uma
operação policial especial foi preparada para toda a região central de
Brasília, com previsão de mudanças no trânsito. A movimentação na área central
da cidade será acompanhada pelo Centro de Comando e Controle Regional, na
Secretaria da Segurança Pública.
A
PM está orientada a fazer revistas pessoais com detectores de metais nos pontos
de acesso e em trechos do trajeto. Os participantes das manifestações não podem
portar objetos de vidro cortantes, fogos de artifício, hastes para bandeiras e
máscaras.
Pelo
país
Em
todo o país, estão programadas manifestações a favor do impeachment da
presidenta Dilma em 415 cidades, segundo o movimento Vem pra Rua. Em algumas
cidades, a Central Única dos Trabalhadores e movimentos mantiveram a realização
de manifestações pró-governo e pró-Lula, tais como Fortaleza, Rio de Janeiro e
Porto Alegre. A CUT convocou suas seccionais para uma manifestação a favor da
democracia para a próxima sexta-feira, dia 18. No DF, o PT convocou nova
manifestação para o dia 31 de março.
Em
Belém, centenas de pessoas pró-impeachment estão em passeata pelo Bairro
Umarizal. Em Maceió, na Praia da Jatiúca, há um trio elétrico e as pessoas
começam a se concentrar na orla, que está interditada. No Rio de Janeiro, desde
as 9h, começou a concentração da manifestação de apoio à Operação Lava Jato, à
Polícia Federal e ao juiz Sergio Moro. Os manifestantes estão na Orla de
Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro,
Marca
registrada do movimento Movimento Vem Pra Rua as camisas amarelas e verdes são
maioria na altura do posto 5 da Avenida Atlântica. Três carros de som estão na
avenida. Um deles traz uma faixa com a frase "Fora Comunismo". O
porta-voz do movimento diz, pelo microfone, para “as famílias de bem, de
direita, contra o PT" participarem do ato.
A
dona de casa Elvira Moraes, 63 anos, desaprovou o discurso. "Não sou de
direita e não me sinto representada por este senhor. E ainda fica xingando a
presidenta. Acho feio. O ato é pela democracia e honestidade e é por isso que
estou aqui", opinou Elvira.
Vindo
de Nova Iguaçu, o administrador José Maria Sousa, de 52 anos, disse que saiu de
casa cedo.
"Programamos
com antecedência, há mais de um mês. Estar aqui é importante, porque acredito
que nossa indignação pode pressionar o governo e as autoridades a acabarem com
essa sujeira que tem assolado a política deste país."
O
movimento organiza passeatas em outras cidades do estado, com Angra dos reis,
Búzios e Cabo Frio, na região dos Lagos, Niterói, na região metropolitana, Nova
Friburgo e Petrópolis, na região Serrana.
Fonte: Heloísa
Cristaldo e Flávia Villela - Repórteres da Agência Brasil(10hs)
Fotos da Internet
Domingo,
13 de março, 2016
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