Do
jeito que as coisas andam, o governo em breve vai ser obrigado a criar novos
ministérios, para abrigar petistas e associados que queira proteger, e que
estejam para cair na malha das investigações conduzidas pela Polícia Federal e
o Ministério Público, sob a instrução do juiz Sérgio Moro.
No
caso de Lula, o que a presidente Dilma Rousseff pretende com sua elevação a
cargo ministerial (não confirmada até a manhã de hoje), é aliviá-lo das garras
da Justiça comum, limitando ao Supremo Tribunal Federal a competência para
investigá-lo e julgá-lo.
A
mesma situação se repete agora, no caso do ministro da Educação e ex-chefe da
Casa Civil, Aloizio Mercadante, flagrado cometendo prática similar à que meses
colocou atrás das grades o senador Delcídio do Amaral.
Num
governo sério, Mercadante teria sido imediatamente exonerado. Mas se for
despedido, em menos de 24 horas estará convocado a, sob vara, a hospedar-se
compulsoriamente no um estrela da Polícia Federal em Curitiba.
Para
não deixar seus mais leais e dedicados defensores serem facilmente alcançados
pela Justiça, o governo deve estar considerando, por precaução, trazer alguns deles também para o Ministério.
Poderia
ser o caso da ex-ministra chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, que teve
representação criminal formulada pelo PGR Rodrigo Janot, por “suposta prática
dos crimes de corrupção passiva qualificada e de lavagem de dinheiro”.
Como
senadora, Gleisi teria supostamente a proteção do cargo. Mas depois da
facilidade como passou no plenário do Senado a autorização da prisão de seu
colega Delcídio, talvez seja melhor para o governo não arriscar.
Outro
senador que poderia receber um ministério em caso de emergência é Humberto
Costa (PT-PE), incluído pelo STF na lista de políticos em relação aos quais
foram abertos inquéritos por suspeição de participação no esquema de corrupção
da Petrobras.
Um
terceiro nome que poderia também ser chamado para o ministério é o do Senador
Lindberg Farias (PT-RJ), que também está sendo investigado na Lava-Jato.
Todos
três estão entre os mais vigorosos e ativos defensores do governo da presidente
Dilma Rousseff e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Claudio
Umberto
Quarta-feira,
16 de março, 2016
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