Com
o PMDB e penduricalhos caindo fora, a pergunta que se faz é como ficará o
governo do PT. Ainda mais se nesse curto espaço de tempo a presidente Dilma
vier a sofrer o impeachment. Há quem suponha o desmonte das estruturas que
vinham até pouco sustentando os companheiros e seus cada vez mais diminutos
aliados.
Existem
momentos na vida das nações em que se torna necessário recomeçar. Este pode ser
um deles. Adianta muito pouco, ou pode não adiantar nada, seguir com planos,
projetos, ideias e pessoas que começaram a falhar faz muito, mas, de um dia
para outro, desapareceram. Por onde anda a presidente Dilma? E seu partido?
Seus ministros, o gato comeu?
Até
o Lula parece haver desaparecido. Um vazio sem limites cerca não apenas a
capital federal, mas o país inteiro. Vale indagar onde se encontra o
proletariado. As forças produtivas. A classe média. A juventude e a velhice?
Todos
viram-se atingidos pelo desemprego, a alta do custo de vida, a inflação, a
estagnação econômica e a falta de projetos de desenvolvimento. Os serviços
públicos. Deixada sem passado, a nação
perdeu o futuro.
Não
poderia dar em outra coisa: o vazio. A ausência de um roteiro capaz de
preencher necessidades e sonhos. Nem eleições poderiam ocupar o espaço. Muito
menos partidos. Sai Dilma, entra Temer. Equivale a trocar seis por meia dúzia.
A
pergunta é sobre onde erramos, ainda que poucas vezes tenhamos acertado. Não se
trata de encontrar ideologias, muito menos planos fantasiosos. Tanto faz
esperar ilusões. O trabalho poderia suprir desilusões, se nele pudéssemos
acreditar. Ciência e sabedoria passam ao largo.
Em
suma, só e abandonada, tornamo-nos uma nação sem ter no que e em quem
acreditar. É o resultado da falta de homens e de ideias, do deserto que
viramos.
Carlos
Chagas
SE MEXEREM COM SERGIO MORO, A POPULAÇÃO INVADE O PALÁCIO - JOICE HASSELMANN
Quarta-feira,
30 de março, 2016
Nenhum comentário:
Postar um comentário