A
Polícia Federal iniciou na madrugada desta sexta-feira, no apartamento do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em São Bernardo do Campo (SP), a 24ª
fase da Operação Lava Jato.
O
ex-presidente foi levado por agentes para depor, de acordo com a imprensa. Ele
não deve ser ouvido em São Paulo.
Diversos
endereços ligados ao fundador do Partido dos Trabalhadores, incluindo a sede do
Instituto Lula e o sítio que ele frequentava em Atibaia, no interior de São
Paulo, foram visitados por agentes, que também fizeram operações em endereços
de um dos filhos do presidente, Fabio Luiz, conhecido como Lulinha.
A
operação de hoje, batizada de Aletheia, envolve cerca de 200 agentes da PF e 30
auditores da Receita Federal, que também estiveram em endereços na Bahia e no
Rio de Janeiro.
Eles
cumprem 44 mandados judiciais, sendo 33 deles de busca e apreensão e 11 de
condução coercitiva (em que pessoas são obrigadas a prestar depoimento à
polícia, ainda que sem acusação formal) - um deles tinha Lula como alvo.
Embora
faça parte da Lava Jato, que apura o escândalo de corrupção envolvendo a
Petrobras, essa fase da operação investiga a suposta relação de Lula com
empreiteiras e alegações de que reformas em um apartamento no Guarujá (SP) e no
sítio teriam sido feitas em favor da família do petista pelas construtoras.
A
ação está sendo realizada um dia depois de a revista ISTOÉ ter revelado o
suposto conteúdo da delação premiada do senador do PT Delcídio Amaral, em que
acusaria o ex-presidente de ter mandado comprar o silêncio do ex-diretor da
Petrobras, Nestor Cerveró, e de outras testemunhas.
De
acordo com a PF, a Operação Aletheia investiga crimes de corrupção e lavagem de
dinheiro.
Na
quinta-feira(03), em nota, o Instituto Lula afirmou que “o ex-presidente Lula
jamais participou, direta ou indiretamente, de qualquer ilegalidade, seja nos
fatos investigados pela operação Lava Jato, ou em qualquer outro, antes,
durante ou depois de seu governo”.
(BBC
Brasil)
Sexta-feira,
04 de março, 2016
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