Cem policiais federais participam
de uma operação deflagrada esta madrugada (27/5) para desarticular uma suposta
organização criminosa que, segundo investigações, atuava em cidades do norte de
Minas Gerais, fraudando licitações e desviando recursos públicos.
De acordo com a Polícia Federal
(PF), participam do esquema empresários, servidores públicos e agentes
políticos que atuavam principalmente nas cidades mineiras de Januária e
Itacarambi. A chamada Operação Sertão-Vereda, contudo, se estende também a
municípios da Bahia e do Espírito Santo.
A Justiça expediu dez mandados de
busca e apreensão, 21 mandados de sequestro de valores, bens móveis e imóveis e
14 mandados de prisão que estão sendo cumpridos em Januária, Itacarambi, Montes
Claros, São Francisco, Manga e Janaúba, em Minas Gerais; Vitória da Conquista e
Prado, na Bahia; e Guarapari, no Espírito Santo. Até o momento 13 pessoas foram
detidas.
Os presos responderão por crimes
contra a administração pública, formação de quadrilha, falsidade ideológica e
lavagem de dinheiro, dentre outros. Uma vez condenados, as penas máximas
aplicadas aos crimes podem ultrapassar 30 anos.
De acordo com a PF, servidores
públicos envolvidos no esquema atestavam a conclusão de obras públicas que não
eram fiscalizadas e estavam incompletas ou sequer haviam sido iniciadas. Já as
empresas investigadas emitiam notas fiscais frias sobre serviços não executados
ou executados em desacordo com as especificações do projeto.
As verbas desviadas dos contratos
de construção civil, pavimentação de vias públicas, manutenção de estradas e de
locação de máquinas para a limpeza urbana eram, segundo a PF, imediatamente,
aplicadas em bens, móveis e imóveis, localizados em outros estados brasileiros,
que eram colocados em nome de outros empresários e de “laranjas”, ligados aos
principais membros da organização criminosa. As apurações apontam um desvio que
pode superar a quantia de R$ 5 milhões.
Agência Brasil
Segunda-feira 27 de maio
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