O
Ministério Público e o Departamento de Defesa Agropecuária do Rio Grande do Sul
interditaram na manhã desta quarta-feira (8/5) a empresa Latvida, investigada
pela Operação Leite Compensado, que apura adulteração no leite no estado. De
acordo com o MP, a Latvida foi proibida de comercializar qualquer tipo de
produto. Fiscais da Inspetoria Veterinária estiveram na sede em Estrela, no
Vale do Taquari, para autuar a empresa.
Até
o momento, foram presas oito pessoas em três cidades por envolvimento na fraude
que adicionava água e ureia ao produto. De acordo com a investigação, cinco
empresas de transporte de leite adulteraram o produto cru entregue para a
indústria. São cumpridos nove mandados de prisão nesta manhã.
A
interdição, segundo o MP, se deve ao descumprimento de uma decisão judicial que
determinou a suspensão das vendas de leites UHT a partir de 1º de abril deste
ano. Em contato com o G1,
a assessoria de comunicação da Latvida nega que a empresa tenha sido
interditada e alega que está operando normalmente. A Latvida ainda afirmou que
os problemas ocorreram no lote 196 do leite UHT desnatado e que todos os outros
estão liberados para o consumo.
Por
meio de nota, a Vonpar, que produz o leite Mumu, salienta que a fraude ocorre
nas transportadoras, que "a empresa atende a todos os requisitos e
protocolos de testes de matéria prima exigidos pelo Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento" e se coloca à disposição do MP e do Ministério.
O G1 procurou
e aguarda retorno das marcas Líder e Italac.
O
Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado do Rio
Grande do Sul (Sindlat) também emitiu nota em que condena a adulteração e
relata que acompanha a investigação desde o início. "Todos os lotes
identificados com problema foram retirados do mercado e não se encontram mais à
disposição do consumidor. Os estoques disponíveis no varejo estão aptos para o
consumo humano", afirma a nota.
Quarta-feira 08 de maio
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