O Plenário do Conselho Nacional de Justiça decidiu, por 12 votos a 2,
aposentar compulsoriamente o desembargador Roberto Wider, do Tribunal de
Justiça do Rio de Janeiro, que também exerceu a função de corregedor da corte.
Ele foi condenado por ter nomeado para comandar cartórios do Rio dois
advogados, sem a necessidade de aprovação em concurso público.
Roberto Wider, que foi corregedor-geral da Justiça do Rio, estava
afastado de suas funções desde janeiro de 2010, quando o CNJ abriu processo
administrativo por acusação de favorecer Eduardo Raschkovsky, de quem é amigo,
em decisões judiciais e administrativas. Uma delas foi a nomeação, sem
concurso, para cartórios do Rio de Janeiro e de São Gonçalo, de dois advogados
que trabalhavam no escritório de Raschkovsky.
Foi em novembro de 2009 que o corregedor nacional de Justiça, ministro
Gilson Dipp, apresentou na sessão do CNJ o resultado da inspeção que fez no
TJ-RJ e concluiu haver indícios de possíveis irregularidades em atos
praticados por Wider em relação a cartórios extrajudiciais.
O processo foi relatado pelo conselheiro Tourinho Neto, que votou
contra a aposentadoria compulsória, mas a maioria dos conselheiros acatou o
parecer favorável à punição da corregedora nacional de Justiça, ministra Eliana
Calmon. Além do relator, o conselheiro Silvio Rocha se manifestou contrário a
aposentadoria compulsória. Já o conselheiro Vasi Werner se declarou impedido de
votar por pertencer ao quadro de magistrados do TJ-RJ.
A decisão do CNJ é terminativa, mas pode ser questionada no Supremo
Tribunal Federal.
Com informações do da Assessoria de Imprensa do CNJ.
Terça - feira 14/2/2012 ás 22:30h
Postado pelo Editor
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