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Ex-governador do Distrito Federal divulga nota para dizer que
respeita a decisão do
Supremo
Tribunal
Federal
de validar a Lei da Ficha Limpa, mas que a considera "injusta e violentadora do meu
direito de participar mais ativamente da vida pública da minha Brasília e do meu Brasil";
leia mensagem na íntegra
Uma semana depois de lançar candidatura ao governo
do Distrito Federal, o ex-governador Joaquim Roriz
tomou uma rasteira do Supremo Tribunal Federal. O posicionamento favorável à validade da Lei da Ficha Limpa de seis
ministros afasta o ex-governador dos palanques
até 2023, quando
Roriz terá 88
anos.
Roriz soltou uma nota após o julgamento para dizer que acata à decisão, apesar de
considerá-la injusta. Leia a nota na íntegra abaixo:
AO
POVO DE BRASÍLIA
Como democrata e homem público que sempre
respeitou as
leis e as
cortes do meu País, acato a decisão do Supremo Tribunal Federal de maneira calma e serena.
Respeito-a, embora a considere
injusta e
violentadora do meu
direito de participar mais ativamente da vida pública da minha Brasília e do meu Brasil.
Não cometi nenhum crime. Nunca fui condenado em última instância legal. Quando do meu ato, em 2007, não havia qualquer
impedimento ou punição previstos nas leis brasileiras.
Meus adversários - sempre
derrotados
por mim nas
urnas
- urdiram
uma lei
e um julgamento
que praticamente só atinge a mim.
Como bem disse o ilustre ministro Gilmar Mendes, a lei foi
feita para a eleição do
Distrito Federal. Fui vítima de uma infame conspiração, como a mídia começa a revelar!
Aos meus amigos e amigas e àqueles que me levaram a assumir cargos
públicos da maior
relevância em 40 anos de carreira política, digo que
não deixarei a vida política.
Jamais poderia abandonar Brasília, essa cidade que amo tanto. Que vi nascer e
crescer nas
terras
dos meus pais,
da minha família e da minha esposa, Weslian.
A ela dediquei a maior parte de minha vida. Em nenhum momento deixei de pensar em seu
povo, ordeiro e trabalhador.
Ajudei a quem precisava. Com eles criei nove cidades, dei moradia, um lar para morar, com água, luz, rede
de esgoto, saneamento
básico.
Consolidei o sonho do saudoso
Presidente Juscelino Kubitscheck, de transformar Brasília num polo de desenvolvimento regional e nacional.
Governei para os mais pobres e
necessitados
e não para os ricos. Aprendi que
governar
é definir prioridades, ouvido o povo.
Certamente contrariei muitos e poderosos interesses, mas sempre
tive – como ainda tenho – o
povo ao
meu lado. As pesquisas indicam isso.
Fui governador nomeado. Deixei
um ministério para disputar e ganhar a primeira eleição direta para governador de
todos os brasilienses.
E, por mais
duas
vezes, o povo me reconduziu ao Palácio do Buriti.
Essa história política ninguém poderá apagar. Ela pertence a um povo
que conquistou, nas ruas, o direito de eleger os seus representantes.
Infelizmente, hoje, o Supremo Tribunal Federal lhes
tirou o direito de, soberanamente, escolher o melhor nome para governa-los em 2014, como já
fizera em 2010, ao decidir
não decidir, mutilando o processo eleitoral brasiliense.
Sou um homem religioso, acredito
nos desígnios de Deus, que me deu uma família maravilhosa.
Duas de minhas filhas, Jaqueline e Liliane, decidiram me seguir
na política e já
receberam a confiança dos brasilienses. Assim,
continuaremos lutando por
melhores condições de vida dos mais humildes, daqueles que padecem nas filas dos hospitais, nas paradas de
ônibus, nas
ruas
inseguras.
Estou certo de que Deus me dará saúde e forças para continuar lutando pelos brasilienses nas próximas eleições,
mesmo sem poder
disputá-la.
Mas estarei apoiando alguém que
comungue com minhas ideias, que seja do nosso grupo político, respeite e governe para o povo, E
que será vitorioso.
O povo de Brasília pode
continuar
contando
comigo!
Joaquim Roriz
Quinta – feira. 16 de
Fevereiro de 2012 às 23:57h
Postado pelo Editor
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