Por Agência Estado
A maioria dos grandes
partidos brasileiros perdeu forças entre as eleições municipais de 2008 e 2012. O
principal responsável pela redução dos
quadros dos concorrentes é o PSD. A sigla fundada em 2011
saltou de nenhum para
270 prefeitos em menos de um ano.
Quem
sofreu
as maiores
baixas foi o DEM, que conquistou 500 municípios e hoje administra
395.
O levantamento, da
Confederação
Nacional dos Municípios (CNM), foi apresentado nesta segunda-feira, em Porto Alegre. Os dados também indicam que dos
5.563 prefeitos eleitos, 383
não estão
mais no cargo.
Além do DEM, sofreram baixas o PMDB, que passou de 1.199 eleitos para
os atuais 1.177 prefeitos; o PP, de 549 para
514; o PPS, de 135 para 116; o PR, de 388 para
360; o PSDB, de 789 para 736; o PTB, de 415 para
383; o PDT, de 354 para 337, e outros
partidos com números menores. Ao mesmo tempo, o PSB aumentou o número de suas prefeituras, de 310 para
338, assim como o PT, de 553 para 564, e o PV, de 78 para
82.
"O PSD, com 270 prefeitos, já se aproxima
de forças
tradicionais", comentou o presidente da CNM, Paulo Roberto
Ziulkoski, referindo-se a siglas como o PDT (337), o PSB (338), o PTB
(383) e o
próprio DEM
(395). O dirigente municipalista lembrou
ainda que,
além das transferências para o PSD, outros fatores também
contribuíram para a formação do novo quadro das prefeituras. Entre eles estão 210
cassações,
29 opções
por outros cargos, 21 renúncias, 18 afastamentos por
doenças,
56 mortes e 38
motivos não informados.
Cassações - Durante os três anos das atuais gestões, um
total de 210
prefeitos, quase 4% dos
5,5 mil do País, foram cassados, sendo dez por crime de responsabilidade, seis por
crime comum,
37 por infrações administrativas, 48 por infrações à legislação eleitoral e 77 por
ato de improbidade administrativa.
Para os 32 restantes não houve informação dos motivos.
O levantamento também cita os estados de Minas Gerais e Piauí
como os que
mais tiveram prefeitos cassados, com 29 cada, seguidos pelo
Paraná, com 14, Ceará, Santa Catarina e Rio
Grande do
Sul, com 12 cada. Lembra, no entanto que proporcionalmente o Acre perdeu três de seus 22 prefeitos, quase um sexto do
total.
Para Ziulkoski, os números tendem a crescer ainda neste ano à medida em que novos
processos
forem
julgados. O presidente da CNM acredita que o alto índice de cassações deve-se a aperfeiçoamentos da legislação,
à ampliação da presença dos órgãos de controle e à
fiscalização cada vez maior da sociedade organizada.
Mas faz uma reclamação. "Queremos que a lei seja
aplicada a todos e que atinja os médios e grandes
também", destaca, em uma referência o rigor dos órgãos de controle, que seria maior
com as pequenas prefeituras do
que com
as grandes e os governos estaduais.
Segunda –
feira 13/2/2012 ás 23:8h
Postado pelo Editor
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