Lindemberg assumiu ser o
autor do disparo que matou Eloá. "Quando a polícia invadiu, a Eloá fez
menção de levantar e eu, sem pensar, atirei. Foi tudo muito rápido",
afirmou Lindemberg Alves, acusado de matar a
ex-namorada Eloá Pimentel, de 15 anos, em outubro de 2008, presta depoimento
desde 14h20 desta quarta-feira, no fórum de Santo André, na Grande São
Paulo. Pela primeira vez, o réu fala sobre a morte de Eloá. "Quero
pedir perdão para a mãe dela em público, pois eu entendo a sua dor",
afirmou.
Durante o depoimento, Lindemberg assumiu que
foi ele quem atirou na ex-namorada. "Quando a polícia invadiu, a Eloá fez
menção de levantar e eu, sem pensar, atirei. Foi tudo muito rápido",
afirmou.
Já quanto a outra ferida após a invasão da
polícia, Nayara, Lindemberg afirmou que não pode dizer se cometeu o crime.
"Não posso dizer se atirei ou não na Nayara. Eu não me lembro. Quando fui
ver já estava no chão apanhando dos policiais".
O DEPOIMENTO
No início, a juíza Milena Dias leu a denúncia
para o acusado e ele começou a contar como era o relacionamento com Eloá.
"A gente se amava muito. Eloá me amava muito", afirmou.
Segundo o acusado, ele e a vítima mantiveram
relacionamento amoroso por 2 anos e 3 meses, mas tinha terminado o
relacionamento há cinco ou seis semanas. "Eu tomei a iniciativa
durante três semanas para reatar com ela. Sem ter tido sucesso,
pensei que tinha que tocar a minha vida".
Lindemberg afirmou que já tinha
conhecido outra menina, chamada Lecticia, mas que Eloá ficou sabendo e que
aceitou reatar com ele. "Eu tinha certeza que ela ia ter uma recaída. Ela
deixou isso transparecer. Tinha certeza que me amava".
Em seu depoimento, o réu ainda afirmou que
dias antes de reatar com ele, Eloá havia inventado para os
pais ele a tinha agredido. "Ela buscava coragem para contar para o
pai que ela havia inventado a agressão. Ela fez isso porque estava muito
nervosa comigo".
Segundo Lindemberg, no sábado anterior a
invasão - uma segunda-feira -, os dois tiveram o último encontro.
"Combinamos de nos encontrar depois do curso dela. Nos beijamos e trocamos
carinhos", afirmou. No domingo eles não teriam se falado.
Os fatos ocorridos na segunda-feira citados
por Lindemberg vão de encontro com os contados por outras testemunhas. O
réu negou que tenha levado o irmão mais novo de Eloá para um parque e
ficado com o celular dele.
"Fiquei com ele dez minutos da portaria, me
despedi e fui para o meu apartamento", disse. Ele contou
que voltou ao apartamento porque sabia que Eloá estaria sozinha naquele
momento. "Fiquei surpreso com a presença do Iago, do Victor e da Nayara no
apartamento. A Eloá ficou assustada ao me ver", completou.
Sobre o fato de chegar armado ao apartamento,
Lindemberg se defendeu dizendo que havia comprado uma arma para se
proteger. "Estava armado pois dias antes recebi ameaças de morte pelo
telefone. Era para garantir minha segurança". Apesar disso ele revelou não
saber quem fazia as ameaças e que não prestou queixa na polícia.
Ao chegar ao apartamento,
Lindemberg admitiu ter ficado confuso ao ver os quatro
jovens juntos e disse que logo pensou que seriam dois casas. "Achei
que eles tivessem ficando". O réu disse ter pressionado Victor
para saber se eles tinham ficado. "A princípio ele disse que não, mas
depois, de tanto que perguntei, ele assumiu que tinha dados uns beijos
nela". Ao questionar Eloá, ela teria começado a gritar e
fazer um "escândalo". "Puxei o revólver para ela parar de
gritar", disse.
"Qualquer pessoa armada poderia ter
tomado uma atitude extrema. Vim aqui para falar a verdade. Tenho uma dívida
grande com a família de Eloá. Tenho a obrigação de falar a verdade", disse
o réu.
O dia
Quarta – feira 15/2/2012 ás 17:05
Postado pelo Editor
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