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Desembargadores do Tribunal
de Justiça de São Paulo exigem punição à 'turma do milhão'
No coração do grande tribunal bate a indignação. "Eu me sinto um
lixo", diz o desembargador da Seção de Direito Público, mais de 30 anos de
sua vida entregues à carreira, por esses dias angustiado pelo escândalo que faz
ferver o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) - o episódio dos pagamentos
antecipados, desembolsos milionários apenas para um grupo de apaniguados da
colenda corte.
É flagrante a revolta, mais acentuada ainda no Órgão Especial,
colegiado formado pelos 12 desembargadores mais antigos, 12 eleitos e pelo
presidente do tribunal.
O magistrado que se sente "um lixo" e tantos outros de
público se declaram assim: "aviltados", "passados para
trás", "vendidos nessa história", "ofendidos com o
favorecimento indecente" a uns poucos concedido.
No reino da toga até os eminentes deixaram de lado o recato. "Eu
estou 'emputecido'", avisa um deles. "Quem quer fazer coisa séria
faz, quem quer palhaçada, aqui não é o lugar."
Defendem punição severa, anistia nem pensar, para aqueles que, à sombra
do compadrio, driblaram a formidável fila de credores. Convocam o Ministério
Público a entrar em ação munido das leis que disciplinam sanções à improbidade
e ao conluio.
O tribunal de São Paulo é o maior de todos. Um fórum colossal, com 360
desembargadores, mais de 2 mil juízes de primeiro grau perdidos diante do
estoque de 18 milhões de ações, 55 mil servidores. Tudo por aqui é demais, até
o montante que eles calculam ter direito, R$ 3 bilhões.
Quarta- feira 22
/2/2012 ás 14:05
Postado pelo
Editor
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