O senador Pedro Simon (PMDB-RS) voltou a sugerir, em discurso nesta
sexta-feira (17/2), que a presidente Dilma Rousseff baixe um decreto exigindo
ficha limpa dos indicados para cargos federais. Na avaliação do parlamentar, a
medida completaria os esforços iniciados pelo Legislativo e convalidados na
quinta-feira (16/2) pelo Supremo Tribunal Federal (STF) com a decisão favorável à
aplicação da Lei da Ficha Limpa Entenda o assunto (Lei Complementar 135/2010) a
partir das eleições municipais deste ano.
"Quinta-feira (16/2) foi um grande dia. Foi um dia que marcou o início de uma nova realidade", disse Simon. De acordo com ele, Dilma Rousseff poderá, a partir de agora, marcar um novo Brasil, "governando com os responsáveis e com os mais dignos". O senador sugeriu à presidente da República que, "pelo amor de Deus", adote por decreto a exigência de ficha limpa.
O senador reconheceu que Dilma Rousseff já vem exigindo capacidade comprovada e ficha limpa dos indicados a cargos no Executivo, mas disse que falta institucionalizar esses pré-requisitos. "Agora, a presidente pode baixar o decreto e dizer: no meu governo, para nomear eu quero a biografia, eu quero a ficha de quem é o cara e a competência para exercer o cargo", afirmou Simon
Além de destacar a importância da decisão do STF favorável à Lei da Ficha Limpa, Simon elogiou a Corte por ter reconhecido a autonomia do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para iniciar, por meio de sua corregedoria, processo contra magistrados envolvidos em denúncias de irregularidades.
Em aparte, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) disse que a Lei da Ficha Limpa tem para a política importância equivalente à da Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar 101/2000) para as finanças. Mesmo assim, sugeriu aperfeiçoamentos para corrigir o que considerou injustiças causadas pela lei, como a equiparação de meros erros administrativos a casos graves de improbidade.
"Quinta-feira (16/2) foi um grande dia. Foi um dia que marcou o início de uma nova realidade", disse Simon. De acordo com ele, Dilma Rousseff poderá, a partir de agora, marcar um novo Brasil, "governando com os responsáveis e com os mais dignos". O senador sugeriu à presidente da República que, "pelo amor de Deus", adote por decreto a exigência de ficha limpa.
O senador reconheceu que Dilma Rousseff já vem exigindo capacidade comprovada e ficha limpa dos indicados a cargos no Executivo, mas disse que falta institucionalizar esses pré-requisitos. "Agora, a presidente pode baixar o decreto e dizer: no meu governo, para nomear eu quero a biografia, eu quero a ficha de quem é o cara e a competência para exercer o cargo", afirmou Simon
Além de destacar a importância da decisão do STF favorável à Lei da Ficha Limpa, Simon elogiou a Corte por ter reconhecido a autonomia do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para iniciar, por meio de sua corregedoria, processo contra magistrados envolvidos em denúncias de irregularidades.
Em aparte, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) disse que a Lei da Ficha Limpa tem para a política importância equivalente à da Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar 101/2000) para as finanças. Mesmo assim, sugeriu aperfeiçoamentos para corrigir o que considerou injustiças causadas pela lei, como a equiparação de meros erros administrativos a casos graves de improbidade.
Veja a lista com os 42
políticos que poderão ter as candidaturas impugnadas pela Justiça
Eleitoral:
Anthony Garotinho (PR-RJ) - Pré-candidato ao
governo do Rio, foi condenado pelo TRE-RJ por abuso de poder econômico e uso
indevido de meios de comunicação nas eleições de 2008.
Arnaldo Vianna (PDT-RJ) - Teve as contas rejeitadas pelo
Tribunal de Contas de União (TCU) referentes à época em que comandava a
Prefeitura de Campos de Goytacazes.
Bispo Rodrigues (SP) - Renunciou ao mandato de deputado
federal, em 2005, por suposto envolvimento no mensalão. Pelas regras da Lei da
Ficha Limpa, fica inelegível até 2015.
Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) - Ex-governador da Paraíba, foi
cassado em 2009 por abuso de poder econômico e político. Ele pretende concorrer
ao Senado, mas a cassação o tornou inelegível por três anos, a partir de 2006.
Pela lei, o tucano ficaria inelegível até 2014.
Cássio Taniguichi (DEM-PR) - Foi considerado culpado por
crime de responsabilidade pelos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Charles Cozzolino (RJ) - Teve as contas públicas
rejeitadas pelo TCU, quando estava à frente da Prefeitura de Magé (RJ). Chegou
a ser preso em investigações da polícia civil sobre lavagem de dinheiro.
Coriolano Sales (PSDB-BA) - Suspeito de envolvimento com o
escândalo das sanguessugas, que envolveu fraudes na compra de ambulâncias,
renunciou em 2006 ao mandato de deputado federal. Pode ficar inelegível até
2015.
Cristiano Araújo (PTB-DF) - Teve uma representação julgada
pela Justiça eleitoral em processo de abuso do poder econômico. Foi condenado
há dois anos pelo TRE-DF e tornou-se inelegível por três anos. Com a Lei da
Ficha Limpa, pode perder o direito de concorrer até 2018.
Dagoberto Nogueira (PDT-MS) - Pré-candidato ao Senado, foi
condenado por improbidade administrativa. A decisão foi mantida pela 5ª Turma
Cível do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ-MS).
Expedito Júnior (PSDB-RO) - Foi cassado ano passado por
compra de votos. Ele pretende concorrer ao governo de Rondônia. Mas, com a nova
lei, sua inelegibilidade pode passar de três para oito anos.
Eurides Brito (PMDB-DF) - Teve o mandato cassado por
decoro parlamentar, acusada de participar do mensalão do DEM no Distrito
Federal.
Flaviano Melo (PMDB-AC) - Teve a prestação de contas
rejeitada pelo TCU referente ao período em que esteve à frente da prefeitura de
Rio Branco (AC).
Geovani Borges (PMDB-AP) - Teve as prestações de contas
rejeitadas pelo TCU no período em que era prefeito de Santana (AP).
Geraldo Pudim (PMDB-RJ) - Pudim teve seu mandato cassado
sob a acusação de compra de votos. Ele entrou com recurso no TSE e, por
enquanto, continua exercendo o mandato na Câmara.
Jackson Lago (PDT-MA) - Ex-governador do Maranhão, teve
o mandato cassado em 2009 por abuso de poder econômico.
Jader Barbalho (PMDB-PA) - Renunciou ao mandato de senador
em 2001, para escapar de processo por quebra de decoro. Como o mandato
terminaria em 2003 e, ele ficaria, de acordo com a nova lei, inelegível por
mais oito anos.
Janete Capiberibe (PSB-AP) - Teve o mandato cassado em 2006,
sob a acusação de compra de votos nas eleições de 2002.
Joaquim Roriz (PSC-DF) - Renunciou ao mandato de senador
em 2007, sob a acusação de negociar uma partilha de R$ 2,2 milhões com o
presidente do BRB. O dinheiro teria saído dos cofres públicos. Roriz poderá
ficar inelegível até fevereiro de 2023. Ele pretende disputar o governo do DF.
João Capiberibe (PSB-AP) - Em 2004, o TSE cassou seu
mandato de senador sob acusação de compra de votos na eleição de 2002.
Jorge Maluly (DEM-SP) - Ex-prefeito de Mirandópolis, o
deputado é candidato à reeleição e foi condenado por improbidade administrativa
por três desembargadores do TJ-SP.
José Borba (PP-PR) - Atual prefeito de Jandaia do Sul (PR) renunciou em
2005 ao mandato de deputado federal para evitar a cassação. Eleito prefeito em
2008, pode ficar impedido de disputar eleições até 2015.
José Roberto Arruda (DF) - Teve o mandato cassado pelo
TRE-DF, por desfiliação partidária após deixar o DEM.
Joseph Bandeira (PT-BA) - Teve as contas rejeitadas pelo
TCU referente ao período em que esteve à frente da prefeitura de Juazeiro (BA).
Júnior Brunelli (PSC-DF) - Ex-deputado distrital, foi um
dos acusados no escândalo do DEM no DF. Foi flagrado recebendo propina e
renunciou para evitar um processo de cassação. Pelas nova lei, Brunelli pode
ficar inelegível até 2018.
Leonardo Prudente (DF) - Ex-presidente da Câmara
Legislativa do DF renunciou ao mandato para fugir de um processo de cassação.
Ficou conhecido como o deputado da meia, tendo sido flagrado recebendo propina
e guardando o dinheiro nas meias e bolsos.
Marcelo Miranda (PMDB-TO) - Em 2009, o ex-governador do
Tocantins foi cassado por abuso de poder político. Ficaria inelegível até 2014.
Marcelino Fraga (PMDB-ES) - Citado no relatório da CPI dos
sanguessugas por suposto envolvimento no esquema de fraudes na compra de
ambulâncias por prefeituras, o então deputado federal renunciou ao mandato para
escapar da cassação. Pela nova regra, ficaria inelegível até 2015.
Melkisedek Donadon (PMDB-RR) - É ex-presidente da Assembleia
Legislativa de Roraima. Teve a prestação de contas rejeitada pelo TCU.
Neudo Campos (PP-RR) - Candidato ao governo de Roraima,
teve a prestação de contas rejeitada pelo TCU. O deputado é o congressista com
maior número de processos no STF, com 21 investigações em andamento.
Orleir Cameli (AC) - Ex-governador do Acre, teve as contas rejeitadas pelo
TCU quando era prefeito de Cruzeiro do Sul (AC).
Paulo Rocha (PT-PA) - O deputado federal foi citado no mensalão e renunciou
em 2005 para escapar da cassação. Quer se candidatar ao Senado, mas pode ficar
inelegível até 2015.
Paulo Maluf (PP-SP) - Foi condenado em abril de 2010 pela Justiça de São
Paulo por improbidade administrativa.
Paulo Octávio (DF) - Devido às denúncias apontadas pela Operação Caixa de
Pandora, o então vice-governador renunciou ao cargo para também fugir da perda
dos direitos políticos. Pela nova regra, poderá ficar inelegível até 2018.
Pinheiro Landim (PMDB-CE) - Então deputado federal, Landim
renunciou ao mandato em 2003 para escapar da cassação por suposto envolvimento
com um esquema de tráfico de influência junto ao Poder Judiciário para
beneficiar traficantes. Pode ficar impedido de disputar eleições até 2015.
Rosinha Garotinho (PR-RJ) - O TRE-RJ cassou, por quatro
votos a três, a prefeita de Campos e a tornou inelegível por três anos, a
contar de 2008.
Ronaldo Lessa (PDT-AL) - Foi condenado pela Justiça
Eleitoral porque, na campanha de 2004, quando era governador, fez uma série de
promessas a funcionários públicos em troca da eleição de seu candidato a
prefeito.
Ronivon Santiago (PP-AC) - Foi cassado pela Justiça
eleitoral por prática ilícita de captação de votos.
Severino Cavalcanti (PP-PE) - Renunciou ao mandato de deputado
em setembro de 2005 para evitar a cassação, depois que foi acusado de pagar
propina para o dono de um restaurante da Casa. Estaria inelegível até 2015.
Valdemar Costa Neto (PR-SP) - Citado no escândalo do mensalão,
renunciou ao mandato de deputado federal em 2005 para evitar a cassação. Pode
ficar inelegível até 2015. Ele, que voltou à Câmara, quer tentar a reeleição.
Zé Gerardo (PMDB-CE) - Foi condenado pelo crime de
responsabilidade, por não respeitar um convênio firmado com o Ministério do
Meio Ambiente em 1997, quando era prefeito de Caucaia (CE).
Wigberto Tartuce (PMDB-DF) - Teve as contas rejeitadas pelo
TCU referente ao período em que esteve à frente da Secretaria de Trabalho,
Emprego e Renda do Distrito Federal.
Zilnê da Silva Maia (RN) - Irmã do ex-diretor-geral do
Senado Agaciel Maia, teve as contas rejeitadas pelo TCU quando estava à frente
da Coordenação Regional da Fundação Nacional de Saúde no Estado do Rio Grande
do Norte (Funasa).
Dados Agência Senado / Congresso em Foco
Sexta – feira 17/2/2012 ás 16:02h
Postado pelo Editor
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