O PDT vai
continuar na base do governo Dilma Rousseff apesar da saída de Carlos Lupi do
comando do Ministério do Trabalho, após denúncias de supostas irregularidades
na pasta, informou nesta segunda-feira o presidente interino da
sigla, deputado André Figueiredo (CE)
Figueiredo afirmou que há uma posição "consensual"
dentro do PDT de que o partido continuará, "independentemente de qualquer
coisa, na base do governo", mesmo que a sigla perca o controle do
Ministério do Trabalho.
"O PDT fica na base", disse o presidente interino
antes de reunião da Executiva do partido.
O deputado Paulo Pereira da Silva (SP), o Paulinho da Força,
reafirmou que cabe à presidente Dilma Rousseff decidir se a pasta do Trabalho
permanecerá com o PDT após a saída de Lupi, que pediu demissão do cargo na
noite de domingo.
"Ela (Dilma) que tem que medir as consequências",
disse o deputado.
Lupi foi o sétimo ministro a deixar o governo Dilma, o sexto
diante de denúncias de irregularidades. Ele era um dos integrantes do governo
do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que foram mantidos por Dilma em seus
cargos.
Sua situação já era considerada delicada desde a
quarta-feira, quando a Comissão de Ética Pública, órgão consultivo ligado à
Presidência da República, recomendou a exoneração do ministro a Dilma.
Lupi era alvo de denúncias de acumular cargos públicos na
esfera federal e municipal e de ter aceitado "carona" em avião de
dirigente de uma organização não-governamental que teve negócios com o
Ministério do Trabalho. Também pesavam denúncias de suposto esquema de propinas
envolvendo ONGs conveniadas com a pasta.
O ex-ministro, que é presidente licenciado do PDT, deve
reassumir a presidência do partido em janeiro, segundo Figueiredo. "Ele
(Lupi) quer descansar... quando ele voltar, assume naturalmente",
explicou.
(Reuters)
Segunda-feira, 5/12/ 2011 ás 20:05h
Postado pelo Editor
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