Um inquérito para investigar os
protestos foi aberto hoje a pedido do ministro
dos Transportes
A Polícia Federal prendeu 11
pessoas suspeitas de praticar crimes durante as paralisações de caminhoneiros
pelo País. O ministro dos Transportes, César Borges, disse nesta quarta-feira
(3/7) que os indícios de crime são fortes, mas não deu detalhes sobre os
delitos.
— Por trás desses movimentos há
interesses específicos, por isso temos que apurar.
A PF também investiga suspeita
“locaute” – paralisação comandada por empresários, prática proibida no Brasil.
Nélio Botelho, um dos líderes dos protestos, tem 39 contratos com a Petrobras,
que rendem R$ 4 milhões mensais, o que o torna um empresário do setor. Segundo
a AGU (Advocacia Geral da União), os contratos de Botelho com a estatal podem
ser reincididos.
O inquérito policial foi aberto
nesta quarta-feira a pedido do ministro dos Transportes em ofício enviado ao
ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. De acordo com Cardozo, além dessa,
outras providências foram tomadas. A Polícia Rodoviária Federal deve acompanhar
qualquer paralisação que aconteça em rodovias e deve informá-las às
superintendências da PF nos Estados. O órgão também foi orientado a prender em
flagrante quem descumpra a lei e poderá multar os manifestantes.
Segundo o ministro da Justiça,
haverá punição severa casos os crimes sejam comprovados.
— Está muito claro, nós não vamos
transigir com quem transgride a lei. O locaute é uma prática proibida no
Brasil, então, portanto, se alguém espera algum tipo de negociação, ilícitos
não se toleram.
Desabastecimento
Segundo o governo, os bloqueios
não têm prejudicado o abastecimento de produtos no País, como combustível e
alimentos. De acordo com o ministro dos Transportes, as paralisações são
pontuais.
— Não há nenhum sinal de
desabastecimento, até porque o movimento é pontual e ele é minoritário no meio
dos caminhoneiros.
Protestos
Apesar de decisão judicial que
proíbe a paralisação de rodovias federais pela categoria, caminhoneiros
continuam com os protestos na manhã desta quarta-feira em ao menos cinco
Estados do País. Em Minas Gerais, onde liminar da Advocacia Geral da União
também proíbe o bloqueio de estradas estaduais sob multa diária de R$ 100 mil,
a Fernão Dias (BR 381) foi interditada em trechos dos municípios de Igaparé,
Carmópolis, Oliveira e Santo Antônio do Amparo.
Fonte:R7
Quarta-feira 03 de julho
Nenhum comentário:
Postar um comentário