O juiz Evandro Neiva de Amorim, da 8ª Vara
Criminal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT),
mandou soltar ontem (7/10) cinco presos na Operação Miqueias, da Polícia
Federal. A operação foi deflagrada no dia 19 de setembro e investigou uma
quadrilha suspeita de pagar propina a prefeitos para captar investimentos de
fundos de pensão municipais.
Na decisão, o juiz entendeu que
os acusados não podem aguardar o julgamento na prisão, porque o processo da
Operação Miqueias foi remetido ao Supremo Tribunal Federal (STF) em função da
presença de parlamentares na investigação. A decisão beneficia os acusados
Fayed Traboulsi, Marcelo Toledo, Sandra Maria da Silveira, Carlos Marzola e
Flávio Júnior.
A Polícia Federal investigou os
envolvidos durante um ano e meio por meio das contas bancárias de empresas de
fachada ou fantasmas, abertas em nome de laranjas. Na ocasião, verificou-se a
existência de uma holding de empresas que consistia em um serviço de
terceirização para lavagem do dinheiro proveniente de crimes diversos.
Segundo a PF, a quadrilha lavou
cerca de R$ 300 milhões, sendo que R$ 50 milhões vieram da aplicação indevida
de recursos de fundos de investimentos do Regime Próprio de Previdência Social
administrados por prefeituras. Dentre as prefeituras envolvidas estão as de
Manaus; Ponta Porã e Murtinho, em Mato Grosso do Sul; Queimados, no Rio de
Janeiro; Formosa, Caldas Novas, Águas Lindas, Itaberaí, Pires do Rio e
Montividiu, em Goiás; Jaru, em Rondônia; e Barreirinhas, Bom Jesus da Selva e
Santa Luzia, no Maranhão.
André Richter, Agência Brasil
Terça-feira,
08 de outubro 2013
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