Pelo menos dez
pessoas foram presas, quinta-feira (31/10), em Duque de Caxias, na Baixada
Fluminense, durante uma ação conjunta da Policia Civil e do Ministério Público
estadual. O objetivo da operação Capa Preta 2 é cumprir 23 mandados de prisão
preventiva contra milicianos do município. Os suspeitos são acusados por
formação de quadrilha armada para a prática de crime hediondo.
Entre os
mandados de prisão expedidos pela 2ª Vara Criminal de Comarca de Duque de
Caxias, sete são contra policiais militares, cinco ex-policiais militares, dois
fuzileiros navais da Marinha, um ex-policial civil e um ex-vereador do
município da Baixada Fluminense.
A Secretaria de
estado de Segurança Pública (Seseg) informou que essa é uma das mais violentas
milícias do estado. Ainda segundo a secretaria, as investigações mostraram que
a quadrilha é responsável por homicídios, ocultação de cadáveres, tortura,
lesões corporais, extorsões e ameaças.
Os milicianos
atuam na cobrança de taxas para serviços clandestinos de segurança, venda de
cestas básicas com valores elevados, tráfico de armas de fogo, agiotagem,
exploração da distribuição ilícita de sinal de TV a cabo e internet, exploração
de jogos de azar, prestação de serviços de transporte coletivo alternativo e a
venda ilegal de botijões de gás.
De acordo com as
investigações, a quadrilha atua no município desde 2007, nos bairros de
Pantanal, Parque Fluminense, Parque Muisa, São Bento, Pilar, Vila Rosário, Vila
São José, Parque Suécia, Lote XV, Sarapuí, Vila Guaíra, Jardim Leal e Gramacho.
A primeira
operação Capa Preta aconteceu em 2010, quando policiais civis agiram no
município de Duque de Caxias para desarticular uma quadrilha de milicianos.
Todas as testemunhas de acusação do processo foram assassinadas, exceto o
delegado titular da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e
Inquéritos Especiais (Draco-IE), Alexandre Capote.
A operação Capa
Preta II conta com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime
Organizado (Gaeco) e da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI), ambos
do Ministério Público do estado, da Subsecretaria de Inteligência (Ssinte) da
Secretaria de Estado de Segurança Pública, da Coordenadoria de Inteligência e
da Corregedoria, ambas da Polícia Militar.
Da Agência Brasil
Quinta-feira 31 de outubro 2013
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