A mudança no relógio pode causar sonolência,
alterações de humor e déficit de atenção. Algumas medidas facilitam a
transição.
A
partir da zero hora deste domingo, 20 de outubro, começa o horário de verão nas
regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil. Os moradores dessas áreas
deverão adiantar o relógio em uma hora, com o objetivo de estimular o
aproveitamento da luz natural e, consequentemente, economizar energia. Segundo
o Ministério de Minas e Energia, o horário de verão deste ano, que vai até 16
de fevereiro de 2014, reduzirá em cerca de 5% a demanda de energia dos
estados participantes. A mudança, porém, pode prejudicar a saúde e o bem-estar
daqueles com dificuldades em se acostumar com o novo horário.
Segundo
Leonardo Ierardi, neurologista do Hospital Albert Einstein, a perda de uma hora
de sono, roubada pelo período, pode provocar alterações de humor, déficit de
atenção, sonolência, dor de cabeça e indisposição. Além disso, o horário de
verão pode afetar a produção de hormônios secretados pela glândula pineal, cujo
trabalho depende do ciclo solar. Ao amanhecer, por exemplo, essa glândula
secreta substâncias que ativam o metabolismo e, à noite, produz hormônios que
regulam o sono.
Cochilo — O neurologista explica que, para minimizar
os efeitos causados pela alteração na rotina, é importante não cair na tentação
de cochilar durante o dia e comprometer ainda mais a qualidade do sono. “Se
você teve insônia durante uma noite, tenha certeza de que não terá na próxima,
pois o organismo cria a necessidade de um acúmulo de sono. Mas, se cochilar,
essa necessidade será saciada, então provavelmente não conseguirá dormir outra
vez”, afirma.
A
dificuldade para se adaptar ao novo ritmo varia de pessoa para pessoa, segundo
Ierardi. “O importante é saber quais são os hábitos ou as atividades que lhe
ajudam a relaxar”, diz. Algumas orientações gerais contribuem para o bem-estar
no horário de verão.
Fontes:
André Jaime, presidente do departamento de clínica médica da Associação
Paulista de Medicina; Andrea Sette, clínico geral do Hospital São
Luiz; Arnaldo Lichtenstein, clínico geral do do Hospital das
Clínicas; Dalva Poyares, neurologista do Instituto do Sono de São Paulo
Sábado
19 de outubro 2013
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