A Polícia Federal deflagrou na
manhã de hoje (18/10) operação contra um esquema de fraude na emissão de
diplomas falsos de medicina que eram revalidados para o exercício ilegal da
profissão no Brasil.
Durante a Operação Esculápio – em
referência ao deus da medicina e da cura na mitologia greco-romana, foram
expedidos 41 mandados de busca e apreensão pela 7ª Vara Criminal da Justiça
Federal em Mato Grosso. Os mandados estão sendo cumpridos em 14 estados – Mato
Grosso, Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Mato Grosso do Sul,
Paraná, Paraíba, Pernambuco, Roraima, Rio Grande do Sul e São Paulo.
De acordo com a PF, as
investigações tiveram início depois que a Universidade Federal de Mato Grosso
entrou em contato com universidades bolivianas (Universidad Nacional Ecológica,
Universidad Técnico Privada Cosmos e Universidad Mayor de San Simon), que
confirmaram que entre os inscritos no programa de revalidação, 41 nunca foram
alunos ou não concluíram a graduação nessas instituições.
Na análise dos documentos, a
Polícia Federal constatou que desses 41 inscritos, 29 foram representados por
advogados ou despachantes que fizeram a inscrição dos supostos médicos no
Programa Revalida. Ainda de acordo com a PF, os acusados vão ser intimados a
prestar esclarecimentos e poderão ser responsabilizados pelos crimes de uso de
documento falso e falsidade ideológica.
Perguntado sobre a operação, após
participar do programa Bom Dia, Ministro, o ministro da Saúde, Alexandre
Padilha, disse não ter conhecimento da operação, mas considerou positiva
qualquer atitude para coibir fraudes. "Uma ação como essa é muito
bem-vinda", frisou.
"Quando o ministério recebe
a documentação do Mais Médicos, ele repassa a lista para a Polícia Federal para
que ela faça algum tipo de checagem e não só da documentação, mas dos
antecedentes das pessoas que procuram se inscrever. Essa checagem feita pela
Polícia Federal e também uma operação como essa podem contribuir fortemente
para que não exista qualquer tipo de fraude ou tentativa de inscrição no
programa de profissionais que não seja médicos. Estamos sendo muito
rigorosos", acrescentou o ministro.
Ivan Richard da Agência Brasil
Sexta-feira 18 de outubro
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