No comando de apenas três
prefeituras, de 19 da Região Metropolitana de Goiânia e sem conseguir derrubar
o PT e o PMDB do poder da capital há dez anos, pode-se dizer que o quadro atual
não é favorável ao PSDB tratando-se de embates municipais. Diante disso, a
legenda começa a dar os primeiros passos rumo às eleições de 2012, visando
superar a marca alcançada nas eleições de 2004, quando o partido conseguiu
eleger 84 prefeitos.
O pré-aquecimento começou em
junho, quando o presidente regional do PSDB, Paulo de Jesus, formou o Fórum
Metropolitano do PSDB, com o objetivo de reestruturar o partido e trabalhar com
nomes de possíveis candidatos às prefeituras da região do Entorno de Goiânia. “A
nossa meta é eleger em 2012 de oito a 10 prefeitos nessa região do Entorno de
Goiânia. Lógico que temos que levar em consideração as alianças, mas nosso
objetivo é esse.”
A criação do fórum tem o intuito
principalmente de colocar em xeque a aura de imbatível que o PMDB ganhou nas
eleições de 2008 no Estado, elegendo 59 prefeitos, cuja soma total dos
eleitores representa pouco mais de 43% do eleitorado goiano. “Estamos
fazendo um aquecimento para entrarmos em campo preparados em 2012”,
revela o presidente.
A estratégia é organizar os
diretórios municipais, atrair novas filiações, realizar seminários, buscar a
unidade de discurso e, principalmente, fazer um levantamento de cada cidade a
partir das necessidades da população.
Hoje, o PSDB comanda as
prefeituras de Teresópolis, Goianira e Nova Veneza e possui boa relação com
alguns municípios, como Hidrolândia, Nerópolis, Inhumas e Brazabantes. No
entanto, quando se fala de Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Trindade e
Senador Canedo, o arco se fecha para o PSDB.
Desde a eleição de Nion Albernaz,
a sigla tenta retomar o comando da Prefeitura de Goiânia. “Trabalharemos com
todos os municípios, mas Goiânia é a vitrine, é a sede da administração
estadual, por isso será trabalhada de forma especial”, admite Paulo. Apesar de
o senador Demóstenes Torres (DEM) ser um grande nome para compor a candidatura
e unir a base governista, o presidente da sigla mostra preocupação com a falta
de sinalização do democrata. “Ele não tem sinalizado nada ainda e a nossa
preocupação é essa. Não podemos ficar esperando.” O PSDB acredita que
possui uma carta na manga ao ventilar nomes de outros virtuais candidatos, como
os parlamentares Túlio Isac, Fábio Sousa e Leornado Vilela.
Em Aparecida de Goiânia, apesar
da boa relação que o governo estadual mantém com o prefeito Maguito Vilela
(PMDB), a aposta tucana é o deputado federal João Campos (PSDB). No entanto, a
sigla só deve lançar um candidato com reais chances de vencer as eleições, para
não acumular novamente equívocos quando abriu mão para o PP, por duas vezes,
para a candidatura de Sandes Júnior (PP) em Goiânia.
Em Anápolis, o prefeito Antônio
Gomide (PT) goza de um alto índice de popularidade. O quadro não intimida o
PSDB, que pretende colar na imagem do governador Marconi Perillo (PSDB), para
tentar empinar a candidatura de um tucano na cidade. “A popularidade que Marconi tem em
Anápolis é maior que a do Gomide. Marconi levou a cidade para o centro do
desenvolvimento e a população reconhece seu trabalho. Ademais, Marconi teve em
Anápolis um apoio esmagador na última eleição”, diz Paulo de Jesus.
Fonte: Hoje
Domingo, 24/7/2011
ás 18h:05
Postado pelo
Editor
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