A presidenta Dilma Rousseff fez segunda-feira
(16/9), ao participar do programa semanal Café com a Presidenta, um
balanço dos dez anos do Bolsa Família. Ela dissse que nesse período o programa
"mudou a cara do Brasil", ao retirar milhões de brasileiros e
brasileiras da pobreza, e que hoje 13,8 milhões de famílias recebem o
benefício.
"Isso significa 50 milhões
de pessoas que passaram a viver com dignidade, que conquistaram uma vida
melhor. Com esse programa, 36 milhões de brasileiros e de brasileiras saíram e
se mantêm fora da pobreza extrema", disse Dilma, ressaltando que para
implantar o Bolsa Família foi preciso enfrentar críticas, como as de quem
chamava o programa de "bolsa esmola". A presidenta lembrou que,
durante a última década, o Bolsa Família foi ampliado e aperfeiçoado e hoje é o
maior programa de transferência de renda do mundo.
"Não basta o PIB [Produto Interno
Bruto] crescer, não basta a economia crescer, tem de crescer para todo mundo.
Um país desenvolvido é um país que tem toda a sua população vivendo com
dignidade", acrescentou.
Dilma lembrou que têm direito ao
benefício as famílias com renda até R$ 140,00 por mês, por pessoa. O valor
recebido varia de acordo com o número de filhos e as características da
família. O repasse dos recursos está baseado em uma moderna tecnologia social,
que inclui o cadastro dos beneficiários, pagamento por cartão e recebimento
direto sem intermediários, o que evita clientelismo.
A presidenta destacou que além de
complementar a renda das famílias, o programa incentiva a frequência escolar,
na medida em que as crianças incluídas têm que ter pelo menos 85% de presença
na sala de aula. Ele também melhora as condições de saúde dessa parcela da
população, já que as grávidas que recebem os recursos precisam fazer o
pré-natal e as mães têm que manter a carteira de vacinação das crianças em dia.
O resultado, segundo Dilma, é que a taxa de abandono da escola por crianças do
Bolsa Família é muito menor que a dos demais alunos, a taxa de aprovação deles
é igual à de todos os outros alunos, e a mortalidade infantil no país caiu 40%
nos últimos dez anos, principalmente no Nordeste.
"Nós também estamos
providenciando creches e educação em tempo integral para as crianças e para os
jovens do programa. E mais: nas creches do Bolsa Família, onde tem sobretudo
crianças do programa, nós colocamos mais 50% do valor para os prefeitos poderem
atender a essas crianças com o acompanhamento pedagógico integral", disse.
A presidenta lembrou que outras
ações do governo federal complementam o Bolsa Família, como o Microempreendedor
Individual, por meio do qual mais de 300 mil beneficiários ampliaram seus
rendimentos abrindo ou formalizando pequenos negócios, e o Brasil sem Miséria,
que prevê que nenhum brasileiro tenha renda menor que R$ 70,00 por mês e
garante vagas em cursos de qualificação aos beneficiários.
Fonte: Agência Brasil
Segunda-feira 16 de
setembro
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