Eles fazem campanha para conseguir mudança; situação
gera polêmica. Prefeitura diz que não tem como tirar a estátua da padroeira do
município.
A
reivindicação de um pequeno grupo evangélico está causando polêmica em Águas
Lindas de Goiás, no Entorno do Distrito Federal. Eles pedem que a imagem de
Nossa Senhora Aparecida, padroeira da cidade, seja retirada da entrada do
município e, no lugar, a prefeitura coloque uma bíblia, símbolo que
representaria todas as religiões.
Para
conseguir a troca dos símbolos religiosos, representantes da comunidade
evangélica começaram a arrecadar assinaturas dos moradores da cidade. Até o
momento, mais de duas mil pessoas aderiram à campanha. O objetivo é que 15 mil
pessoas apoiem a causa. “A (santa) Aparecida não representa as duas religiões
cristãs do Brasil. Já a bíblica sagrada representa”, rebateu Edilson Andrade,
apóstolo da Convenção Nacional de Igrejas.
A
discussão começou há dois anos, quando a estátua foi alvo de vandalismo e
passou por uma restauração. “Um membro da igreja evangélica tentou quebrar a
imagem usando uma marreta” disse o frei Gilberto Jesus (foto).
Enquanto
evangélicos querem a retirada, outros moradores de Águas Lindas de Goiás não
concordam com a medida. “A imagem não faz mal a ninguém, principalmente porque
ela é mãe de Jesus Cristo, então não justifica tirar ela de lá”, defende o
motorista Jacinto Vieira. “Tinham outras coisas mais importantes para eles se
preocuparem”, reforça o também motorista Valdeci Cobra.
A
polêmica não ficou apenas no campo religioso e atingiu também as esferas
políticas.
O diretor de comunicação da prefeitura do município, Marcos Paulo de
Carvalho, afirmou que um projeto de lei aprovado pelos vereadores
instituiu a santa como padroeira da cidade. Assim, ela não deve ser
substituída. “Nós vamos criar um espaço que será chamado Praça da Bíblia”,
disse o diretor de comunicação. Assim, as duas religiões teriam seus símbolos
representados na cidade.
“A
cidade tem mais de 200 mil moradores e 15 mil assinaturas é um grão de areia
dentro do oceano, onde pessoas sem noção e intolerante querem aparecer para
mais uma vez jogar o nome da cidade na lama”, disse a moradora Maria de Lourdes
57 anos moradora a 20 anos na região.
Com
informações do G1
Quarta-feira
18 de setembro
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