Órgãos do governo federal
anunciaram segunda-feira (9/9) a deflagração da Operação Esopo, que cumpre mandados de
prisão e apreensão em dez estados e no Distrito Federal, com o objetivo de
apurar indícios de fraude à licitação, corrupção, sonegação fiscal e lavagem de
dinheiro. A operação está sendo feita conjuntamente pela Polícia Federal, a
Receita Federal, o Ministério Público Federal e a Controladoria-Geral da União.
Entre os lugares visitados esta
manhã pela forças da Operação Esopo está o Ministério do Trabalho e Emprego. A
assessoria do ministério confirmou a presença dos policiais no local, mas não
informou se houve apreensão de documentos ou prisões. Segundo a Receita
Federal, entre os estados com operação em andamento estão Minas Gerais,
Pernambuco, Rio de Janeiro e Espírito Santo.
Estão sendo cumpridos 101
mandados judiciais: 44 mandados de busca e apreensão em empresas, órgãos
públicos e residências dos suspeitos; 20 mandados de sequestro de valores, bens
móveis e imóveis; 25 mandados de prisão temporária; e 12 mandados de condução
coercitiva
A Polícia Federal informou que o
grupo investigado é formado por uma Oscip (Organização da Sociedade Civil de
Interesse Público), empresas, pessoas físicas e servidores públicos de alto
escalão, além de agentes políticos. A acusação é que os integrantes fraudavam
processos licitatórios, direcionando contratações de diversas atividades
de prefeituras municipais, governos estaduais e ministérios do governo federal
para a Oscip.
Participam da operação 30
servidores da Receita Federal, cerca de 200 policiais federais e 30 servidores
da Controladoria-Geral da União. A operação, segundo a Receita, recebeu o nome
em referência à expressão “lobo em pele de ovelha”, atribuída ao grego Esopo.
A Receita informou que, além das
prisões e dos mandados de busca e apreensão, a Justiça Federal decretou o
sequestro de bens e o bloqueio de recursos financeiros dos suspeitos. O Fisco
não sabe o valor exato dos prejuízos aos cofres públicos, mas informou que pode
chegar a centenas de milhões de reais.
As investigações tiveram início
há dois anos, a partir da suspeita de participação de empresas parceiras em
processos licitatórios. Movimentações financeiras expressivas em espécie nas
contas dessas empresas serviam para dissimular a origem do dinheiro e faziam
com que o recurso voltasse às mãos do mentor do esquema já com aparência
lícita.
Fonte:
Agência Brasil
Segunda-feira
09 de setembro
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