Integrantes de movimentos
populares fecharam os quatro principais acessos a Brasília na manhã de hoje (6/9)
e complicam o trânsito da capital. Os protestos, que estão sendo feitos no
Entorno do Distrito Federal (DF), são uma prévia de amanhã (7/9), quando
Brasília deverá receber cerca 50 mil manifestantes que vão aproveitar as comemorações
do 07 de Setembro para apresentar reivindicações.
Os pontos com o trânsito impedido
são a Estrada Parque Taguatinga (EPTG); a Via Estrutural; a BR-020, que dá
acesso a Planaltina; e a BR-001, com acesso a Brazlândia. De acordo com a
Polícia Militar (PM) do DF, agentes já estão nos locais de bloqueio liberando o
tráfego de veículos. A expectativa é a de que o fluxo volte ao normal em pouco
tempo.
As manifestações são promovidas
pela Organização de Comunicação Universitária Popular (Ocup), com a participação
de outras entidades populares, como o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto
(MTST), o Coletivo Luta Vermelha, o Movimento Honestinas, Brasil e
Desenvolvimento, o Movimento contra o Aterro Sanitário de Samambaia e a
Assembleia dos Povos. De acordo com a assessoria de imprensa da Ocup, os
protestos estão previstos para terminar no final da manhã.
A estimativa da organização é a
de que haja cerca de 300 pessoas em cada um dos pontos de bloqueio, nos quais
estão sendo queimados galhos e pneus. A PM informou à Agência Brasil que, na
EPTG, participam dos protestos cerca de 70 pessoas; na Via Estrutural, 50
pessoas; na BR-020, 60 pessoas; e na BR-001, 60 pessoas.
A pauta de reivindicações do
grupo inclui construção de moradias, auditoria completa e com participação
popular na Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap),
transporte público, fim da Agência de Fiscalização do Distrito Federal
(Agefis), desmilitarização da PM e contra a criação do aterro sanitário de
Samambaia.
"No Distrito Federal, são
300 mil famílias na lista de espera do Programa Morar Bem. Enquanto isso, a
Terracap prossegue abrindo leilões: 700 lotes vendidos para especulação
imobiliária, sendo áreas destinadas à construção de prédios de grande porte. À
margem do que é vendido como desenvolvimento regional, famílias continuam sem
habitação digna e de qualidade", informou, em nota, a organização do
movimento.
Outro alvo de reclamações dos
manifestantes é a prioridade governamental para os gastos em obras para a Copa
do Mundo, em detrimento dos investimentos públicos em transporte, saúde e
educação.
Fonte: Agência Brasil
Sexta-feira 06 de setembro
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