Mais uma vez, a cena se repetiu
nas principais capitais do país: o protesto como desculpa para um pequeno grupo
de arruaceiros realizar o quebra-quebra
Os protestos já viraram rotina no
calendário das principais cidades brasileiras. Como também passou a ser comum o
quebra-quebra do patrimônio público. Sábado, 7 de setembro, Dia da
Independência, as manifestações convocavam milhões de pessoas para sair às ruas.
Mas apenas uma pequena parcela compareceu para, claro, provocar confusão. Foram
os seguidores da tática black bloc, que pretendiam chamar mais atenção do que
os desfiles cívicos.
As maiores manifestações
ocorreram em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. As três capitais
registraram, mais uma vez, cenas de confronto entre pequenos grupos e
policiais. Também ocorreram passeatas em Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife e
cinco capitais. Ao todo, 40 cidades registraram algum tipo de protesto.
Pelo balanço das polícias
militares de todo o país, menos de 20.000 pessoas foram às ruas no sábado e
pouco mais de 500 pessoas foram detidas. Até às 22 horas, 50 manifestantes
foram levados para a delegacia em Brasília. No Rio, 77 foram detidos. Em São
Paulo, 39 pessoas foram presas. Em Curitiba, 27 e em Fortaleza, 30. Cerca de 20
manifestantes ficaram feridos.
O temor de confusão esvaziou as
paradas militares. Em Brasília, pela manhã, o forte esquema de segurança
impediu que o público acompanhasse o desfile do gramado da Esplanada dos
Ministérios, como já é tradição. Apenas quem foi para as arquibancadas pode
assistir à marcha. A Polícia Militar colocou 4.000 homens a mais para garantir
a segurança e revistar bolsas e mochilas. No Rio, cerca de 300 manifestantes
contornaram a barreira policial montada para evitar a chegada à área do desfile
e conseguiram alcançar a pista lateral. Houve lançamento de bombas de gás,
prisão de manifestantes e tumulto generalizado nos arredores da Avenida
Presidente Vargas, nos arredores do desfile. Assustados, os espectadores se
refugiaram nas estações do metrô - o prefeito Eduardo Campos e o governador
Sérgio Cabral não estavam presentes. Em São Paulo, não houve incidentes durante
a parada, que neste ano não teve a presença da cavalaria e da Tropa de Choque
da PM, que foram deslocados para outros pontos da cidade.
A presidente Dilma chegou às 9
horas - quinze minutos depois do previsto na agenda oficial - para acompanhar o
desfile na capital federal. Estiveram presentes na tribuna de honra o
secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho; a ministra da
Casa Civil, Gleisi Hoffmann; a ministra das Relações Institucionais, Ideli
Salvatti, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha; o governador do Distrito
Federal, Agnelo Queiroz; e o presidente do STF, Joaquim Barbosa. As ausências
notadas foram as dos presidentes do Senado, Renan Calheiros, e da Câmara,
Henrique Eduardo Alves.
Com informações: VEJA online
Domingo 08 de setembro
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