A menos de sete
meses do primeiro turno do pleito em que serão escolhidos o presidente da
República, governadores, senadores e deputados, começam a contar os prazos de
um calendário que deve ser observado pelos partidos políticos, pelos cidadãos e
pela Justiça Eleitoral.
Para os
tribunais regionais eleitorais (TREs), o principal desafio será concluir com
sucesso o recadastramento biométrico, que está na terceira fase e tem o
objetivo de coletar as impressões digitais dos eleitores. Segundo o Tribunal
Superior Eleitoral (TSE), foram cadastradas até agora nessa etapa mais de
10 milhões de eleitores, de um total de 14 milhões que o TSE pretende
recadastrar durante o primeiro semestre deste ano.
A terceira fase
da biometria começou em março do ano passado e já foi concluída em 12 estados.
Entretanto, alguns municípios de 13 estados ainda estão com prazo em vigência
para o recadastramento. No fim do processo, os eleitores de 791 municípios
deverão votar pelo sistema biométrico, que é considerado mais seguro.
Em abril,
começam a contar os prazos para que se filiem a partidos políticos os
postulantes a uma candidatura que sejam membros de tribunais de Justiça, de
Contas ou do Ministério Público, ou ainda militares. Esses agentes públicos,
que são obrigados a deixar o cargo para se candidatar, não precisam, porém, obedecer
à regra de filiação partidária um ano antes do pleito. O prazo termina no dia 5
de abril, exceto para os militares, que podem se filiar até o momento da
convenção partidária.
Nesse
dia, também termina o prazo para que ocupantes de cargos públicos, como
ministros de Estado, secretários, presidentes ou diretores de estatais e
governadores interessados em concorrer às eleições deixem seus postos. A
exceção é para os que buscam a reeleição – eles não precisam deixar o cargo.
No
dia 7 de maio, encerra-se o prazo para tirar o título de eleitor ou pedir a
mudança de domicílio eleitoral. Essa também é a data-limite para os eleitores
com deficiência solicitarem aos TREs a transferência do título para seções
especiais, adaptadas para facilitar a melhor mobilidade e dar atendimento
especializado aos que precisam.
O
prazo para a realização das convenções partidárias vai de 10 a 30 de junho. Nas
convenções, os partidos políticos oficializam tanto os candidatos aos cargos em
disputa quanto as coligações com outras legendas. Até o dia 11 de junho, os
partidos têm de informar à Justiça Eleitoral quanto pretendem gastar nas
campanhas. Feitas as convenções, os partidos têm prazo até 5 de julho para
pedir o registro de seus candidatos.
Também
nesse dia termina o prazo para nomeações, demissões, transferências e outras
ações relacionadas a servidores públicos. No dia 12, começa a ser permitida a
propaganda dos candidatos, o que é considerado o início oficial da campanha.
Em
agosto, a partir do dia 19, começa a propaganda eleitoral gratuita e
obrigatória em rádio e televisão. No dia 21 encerra-se o prazo para que os
tribunais regionais eleitorais julguem os pedidos de registro de candidatos.
Entretanto, os que tiverem o registro negado poderão recorrer a outras
instâncias como o TSE.
A
partir de 20 de setembro, os candidatos a cargos eletivos não podem mais ser
presos, exceto em flagrante ou por sentença condenatória judicial. Os eleitores
passam a ser beneficiados pela mesma regra dez dias depois. Eles devem ainda
observar que o prazo final para pedir a segunda via do título é 25 de setembro.
Três
dias antes das eleições, em 2 de outubro, encerra-se a propaganda eleitoral. Os
debates entre candidatos podem ter início até essa data e ser concluídos até as
7h do dia 3 de outubro.
No dia 5, a partir das 7h, os mais de 100 milhões de eleitores brasileiros começam a votar para eleger presidente da República, governadores, senadores, deputados federais, estaduais e distritais.
Iolando
Lourenço e Mariana Jungmann - Agência Brasil
Segunda-feira,
10 de março, 2014.
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