Relatório enviado à Presidência mostra que
gasto 2 bilhões de reais na segurança do evento esportivo não é excesso de
cuidado
A12
quilômetros do Palácio do Planalto, em Brasília, policiais de várias partes do
país trabalham diariamente em uma sala de controle para a qual vão convergir
todas as situações de emergência que vierem a ocorrer ao longo da Copa do Mundo
no Brasil.
Dezenas
de monitores, formando um painel de cobertura nacional, receberão imagens
captadas em tempo real nas doze capitais que vão sediar um dos mais importantes
eventos esportivos do planeta.
Nessa sala, oficiais da polícia e agentes de
inteligência trocarão informações sobre suspeitos de crimes, avaliando
potenciais riscos para torcedores, seleções e autoridades.
Com
base nos dados que receberão das equipes de campo, traçarão as estratégias para
solucionar as eventuais crises de manifestações de rua, ameaças de bomba ou
confronto de gangues de torcidas uniformizadas.
A segurança da Copa envolverá 100 000 homens,
entre policiais, agentes federais e militares das Forças Armadas, e contará com
helicópteros, aviões, viaturas e drones. A central de operações montada em
Brasília será a ponta da cadeia de comando e vai operar 24 horas por dia em
conexão com bases similares em funcionamento em todas as cidades-sede.
Responsável
por garantir que tudo transcorra na mais perfeita tranquilidade, o governo
federal assegura que nada atrapalhará ou impedirá o Brasil de fazer a “Copa das
Copas”, como repete a presidente Dilma Rousseff toda vez que se refere ao
evento.
O
otimismo oficial, porém, é relativo. Faltando menos de 100 dias para o jogo
inaugural, documentos oficiais mostram que o investimento de quase 2 bilhões de
reais no esquema de segurança não é excesso de cuidado.
Robson
Bonin e Rodrigo Rangel – VEJA.
Sábado,
08 de março, 2014.
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