Vaidosa, Raquel Gallinati combate
o preconceito no Dia das Mulheres: “Não existe trabalho de homem. Existe é
aptidão”
O carnaval foi no Rio de Janeiro,
sua cidade natal, mas durante a Copa do Mundo ela estará de plantão em São
Paulo, de olho nos manifestantes que tentarem acabar com a festa no estádio do Itaquerão,
palco de abertura do evento. Bailarina, boxeadora e faixa preta em taekwondo, a
delegada de polícia Raquel Gallinati (37) estudou cinco anos para assumir o
posto no 24º DP, na Ponte Rasa, zona leste da capital.
Crescida na cidade de Santos, a
delegada desembarcou em São Paulo aos 18 anos já sonhando com a profissão.
“Aprendi em casa que não existe trabalho de homem ou de mulher. O que existe é
aptidão.”
Vaidosa, Raquel retoca a
maquiagem entre uma pergunta e outra. Antes de nova olhada no espelho, assegura
que não recebe gracinha dos colegas de trabalho. “Na polícia de São Paulo, as
pessoas te tratam de acordo com suas atribuições, não pelo fato de você ser
homem ou mulher. Estamos no século 21!”
Mas a delegada admite que, fora
dali, as pessoas na rua se surpreendem quando descobrem sua profissão. “Mas
como é possível?”, perguntam alguns. “Na minha sala, havia 178 homens e 22
mulheres.”
Vizinho de Itaquera, bairro em
que o novo estádio do Corinthians foi erguido, o 24º D.P será um dos endereços
de destino de quem “perturbar a ordem” durante a Copa, especialmente em caso de
protestos.
Questionada sobre os preparativos
de segurança para o evento, Raquel se esquiva. “Reuniões sigilosas estão
cuidado do assunto. Esperamos atender poucas ocorrências, mas as que existirem
passarão por este distrito e por outros da região.”
Por - iG
Sábado, 08 de março, 2014.
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