A Operação Lava-Jato, deflagrada pela Polícia
Federal na semana passada, disparou uma bala perdida contra o ex-ministro da
Saúde e pré-candidato do PT ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha. Num dos
relatórios da Polícia Federal sobre o caso, havia até mesmo uma foto do
ex-ministro. O motivo: a PF suspeita que o Laboratório Labogen, que pertenceria
ao doleiro Alberto Yousseff, preso na operação, teria conseguido se infiltrar no
Ministério da Saúde, com "perspectivas de ganhos de até R$ 250
milhões".
Embora não investigue o
ex-ministro Padilha, a PF incluiu no relatório, à página 134, sua foto durante
a assinatura de contrato da Parceria de Desenvolvimento Produtivo (PDP) do Ministério
da Saúde. Uma das empresas beneficiadas pelo programa foi a Labogen, que,
segundo a PF, teria como verdadeiro dono o doleiro. Num dos contratos, a
empresa forneceria ao Ministério da Saúde o medicamento citrato de sildenafila,
pelo valor de R$ 150 milhões.
Nas ligações e emails
interceptados, executivos do Labogen comentam com o doleiro o avanço das
tratativas no Ministério da Saúde. “Foi
ótimo, mandei uma foto pra você da assinatura ai do “PDP”. Nós marcamos um
início de uma nova vida aí agora”, disse o executivo Pedro Argese, do
laboratório, ao doleiro. Youssef
respondeu: “Um puta gol né meu. Fizeram um puta gol.”
De acordo com o Ministério da
Saúde, o processo de escolha (da Labogen) foi transparente, numa reunião do
Comitê de Competitividade e grupo executivo do Complexo Industrial da Saúde, em
dezembro de 2013, com a participação de 250 pessoas”.
Fonte: Site 247.
Sábado, 22 de março, 2014.
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